Doutor Fernando
Sequeira Aguiar, nasceu a 14 de Agosto de 1910 em Lisboa e faleceu a 28 de
Abril de 2001 em Rio Maior.
Nasceu e cresceu na
freguesia das Mercês em Lisboa e licenciou-se em medicina na Escola
Médico-Cirúrgica situada no Campo de Santana (Atualmente Campo Mártires da
Pátria).
Durante a II Grande
Guerra Mundial foi destacado para Cabo Verde como oficial médico miliciano.
Ainda em Cabo Verde nasceu a sua filha, Manuela Aguiar.
Com o fim da Grande
Guerra, a 15 de Novembro de 1945 veio para Rio Maior exercer medicina.
O seu primeiro
consultório localizava-se na avenida Salazar (Atual Rua Dr. Francisco Barbosa).
No entanto permaneceu mais tempo no consultório situado na rua David Manuel da
Fonseca no qual chegou a ter um aparelho de radioscopia único na região.
Fernando Aguiar não
exercia medicina somente nos seus consultórios, pertenceu também ao corpo
clínico da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior,
trabalhou como médico na Casa do Povo e dos Serviços Médico-Sociais da Caixa de
Previdência, pertenceu ao corpo clínico do Centro de Saúde de Rio maior,
exerceu como médico legista no Tribunal Judicial de Rio Maior e pertenceu ao
Corpo de Bombeiros Voluntários de Rio Maior na qualidade de médico.
Em 1949 começa a
colaborar com o jornal O Riomaiorense, desde o primeiro número da terceira
série que saiu no dia 10 de Fevereiro.
A localização da
nova Igreja Matriz, que se encontrava em projeto de construção e problemas
urbanísticos de Rio maior motivavam discussão pública e a imprensa tomou posição.
Entre 1956 e 1958, Fernando Aguiar publicou diversos artigos sobre estas
temáticas urbanísticas no jornal O Riomaiorense e em 1958 compilou estes
artigos no livro Por Rio Maior. Este livro teve prefácio de Alexandre Laureano
Santos (patrono da Biblioteca Municipal de Rio Maior).
Fernando Aguiar
colaborou durante largos anos e de forma dedicada com o Grupo Cénico Zé P’reira
como cenógrafo. Este grupo de teatro existiu sob a direção de Ernesto Alves.
Em 1958, Fernando
Aguiar esteve muito ativo na candidatura do General Humberto Delgado à
presidência da República.
De 1 de Julho de
1966 a 18 de Novembro de 2000, presidiu ao núcleo de Rio Maior da Liga dos
Combatentes da Grande Guerra (atualmente Liga dos Combatentes). A Delegação de
Rio Maior da Liga dos Combatentes foi criada em 2 de Setembro de 1924,
assumindo a presidência Raul Gomes Costa, mas teve curta duração e suspendeu a
sua atividade. Até 1966 os sócios dependiam da Delegação de Santarém. Em 2000
assume a presidência da Liga o Dr. Eduardo Casimiro.
Desde as primeiras
eleições autárquicas (pós 25 de Abril de 1974) que Fernando Aguiar pertenceu à
Assembleia Municipal de Rio Maior em representação do Partido Socialista.
Manteve-se neste importante órgão autárquico até ao seu falecimento em 2001.
Fernando Aguiar
também pertenceu ao cineclube de Rio Maior. A 24 de Julho de 1977 festejaram-se
os 25 anos do Cineclube (foram projetados filmes de 8 e 16mm produzidos pela
coletividade) que contou com a participação de Fernando Aguiar.
A 13 de Fevereiro
de 1980 surgiu o nº1 da 1ª série do jornal Notícias do Concelho de Rio maior
cuja direção era de Fernando Aguiar.
A 1 de Agosto de
1985 surgiu o nº1 da 2ª série do quinzenário Notícias do Concelho de Rio Maior
em que Fernando Aguiar era diretor e também proprietário.
Ainda em vida, O
Município de Rio Maior atribui o nome de Fernando Aguiar a uma das ruas da
cidade, a rua da Biblioteca Municipal.
No dia 28 de Abril
de 2001, Fernando Aguiar faleceu vítima de doença perlongada. O velório
realizou-se no núcleo de Rio Maior da Liga dos Combatentes. Cumpriu-se o seu
desejo de ter como mortalha a sua bata de médico e o cortejo fúnebre passou
pela Rua David Manuel da Fonseca onde se deteve por breves momentos no espaço
onde foi o seu antigo consultório. Os seus restos mortais estão depositados no
cemitério de Rio Maior na zona pertencente à Liga dos Combatentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário