Actualmente a Santa Casa está
mais vocacionada para a acção social no apoio às crianças e a pessoas de grande
dependência, não esquecendo no entanto o sector da saúde.
Na acção social tem as valências
de creche, jardim de infância, pré-escola, ATL e lar para grandes dependentes.
Na saúde tem um Centro Médico,
onde se realizam consultas e exames de diagnóstico e ainda um Centro de Fisioterapia.
Fica agora um pequeno resumo
histórico desta instituição, começando pela fundação da Santa Casa em Portugal.
A fundação da Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa remonta a 1498 por Frei Miguel Contreiras com o apoio da
rainha D. Leonor, de quem era confessor.
A instituição surgiu a partir da
remodelação da Confraria de Caridade Nossa Senhora da Piedade e passou a
atender a população mais necessitada, com funções como a de alimentação dos
famintos, assistir os enfermos, educar os enjeitados e mais tarde a prestar
assistência aos recém-nascidos abandonados.
A Confraria da Misericórdia de
Santarém remonta pelo menos ao ano de 1500 em que o rei D. Manuel I concedeu a
20 de Março de 1500 à Confraria vários alvarás. De notar que o Frei Miguel
Contreiras era religioso da ordem ‘Trinos’ cujo primeiro convento em Santarém
desta ordem foi fundado entre os anos 1499 e 1500.
Em Janeiro de 1759 os moradores
de Rio Maior pediram ao rei D. José I a criação de uma Irmandade da
Misericórdia para tomar conta do Hospício que havia na localidade.
A Misericórdia de Rio Maior foi assim
criada no reinado de D. José I, por alvará de 18 de Abril de 1759. A
Misericórdia de Rio Maior ficou obrigada a prestar contas ao Provedor da Santa
Casa da Misericórdia de Santarém. Na data da sua criação possuía a Igreja da
Misericórdia, como capela privativa e que foi Igreja Matriz entre 1810 e 1968.
Em 1870 foi reconstruído o
Hospital da Misericórdia, junto à Igreja da Misericórdia (no lado oposto à Casa
Senhorial de D. Miguel). Este hospital foi fundado em 1619 e era administrado
pela Misericórdia de Santarém para dar apoio aos enfermos a caminho das Caldas
da Rainha. O Hospital era importante para Rio Maior principalmente desde a fundação
do concelho (1836) pois a Câmara ocupou o antigo Hospício como edifício dos
Paços do Concelho. Com as obras o hospital passou a poder acomodar até 30
enfermos.
A 11 de Junho de 1893 elaborou-se
o Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior. Este compromisso foi
aprovado em 13 de Julho de 1894 e editado nesse mesmo ano.
Em 1926 foi iniciada a construção
do Hospital da Misericórdia de Rio Maior, projecto do engenheiro Mendonça. Esta
obra ficou pronta em 1933 e foi inaugurada a 24 de Fevereiro de 1935. Para o
hospital, o estado contribuiu em 1933 com 6.000$00 sendo no entanto este valor
quase insignificante perante o esforço que toda a população efectuou.
A Câmara Municipal de Rio Maior
sempre apoiou a Santa Casa da Misericórdia e sabe-se que pelo menos entre 1939
e 1944 que o apoio era no valor de 17.500$00 (cerca de 87,28€). Para além do
apoio camarário, havia em 1944 cerca de 6.000$00 de rendimentos próprios e
3.500$00 da Direcção Geral de Assistência. Esses valores sabem-se porque o
Hospital da Misericórdia atravessava em 1944 uma grande crise de angariação de
fundos, correndo o risco de fechar portas.
Nos finais do ano de 1944, foi
aplicada pela primeira vez a penicilina no Hospital da Misericórdia de Rio
Maior.
Em Maio de 1945 o movimento do
hospital era o seguinte:
-
Doentes que transitaram de Abril 15
-
Novos doentes 31
-
Doentes saídos com alta 27
-
Falecimentos 2
-
Doentes que transitaram para Junho 17
-
Grandes cirurgias 11
-
Pequenas cirurgias 4
-
Tratamentos no banco 347
-
Sessões de raios ultra-violetas 45
-
Gelo para os doentes 62
-
Sopa dos pobres 992
A 29 de Julho de 1945 o
Governador Civil de Santarém, Major Valente de Carvalho, presidiu ao lançamento
da primeira pedra do pavilhão de isolamento para doenças infecto-contagiosas do
hospital.
Em 1950 foi construída a capela anexa
ao hospital que teve capelão durante o tempo em que o serviço de enfermagem era
prestado pelas freiras. Nesta época foram também realizados outros anexos e
aumentos como a cozinha e a sala de jantar.
Em 1980 é criado o lar de
acamados da Santa Casa por João Afonso Calado da Maia.
Em 1991 iniciou actividade como Lar de Grandes Dependentes. Passa-se a chamar Lar Dr. Calado da Maia.
Em 1991 iniciou actividade como Lar de Grandes Dependentes. Passa-se a chamar Lar Dr. Calado da Maia.
A 26 de Janeiro de 2002 é
inaugurado o Centro Médico na Rua António Barata Bloco A, 1º. Este Centro Médico
permite consultas de várias especialidades, como: Cardiologia, Cirurgia geral,
Cirurgia Pediátrica, Dermatologia, Endocrinologia/Diabetes, Fisiatria,
Gastrenterologia, Ginecologia, Obstetrícia, Medicina dentária, Clínica Geral, Neurologia,
Nutricionismo Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria,
Pneumologia/Alergologia, Podologia, Psicologia, Psiquiatria, Doenças Nervosas,
Reumatologia e Urologia.
Em 29 de Setembro de 2012 é
inaugurado o novo Edifício de Fisioterapia. Este edifício foi apoiado com um
subsídio de 300.000,00€ do Município de Rio Maior num total de 1.225.000,00€.
Este novo edifício tem uma área de 740m2, desenho do arquitecto Acácio Jorge
Simões e para além de albergar os serviços de fisioterapia, passou também a
albergar os serviços administrativos da Santa Casa da Misericórdia de Rio
Maior. Na inauguração esteve presente entre outros o Bispo da Diocese de
Santarém, D. Manuel Pelino Domingues e o provedor da Santa Casa da Misericórdia
de Rio Maior, João Castro.
Em 29 de Setembro de 2012 também
o edifício do antigo Hospital da Misericórdia passa-se a chamar Lar Dr. Calado
Maia.
Esta é uma muito importante instituição que presta um serviço importante a toda a população com especial atenção aos mais desfavorecidos.
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