Francisco de Almeida era enfermeiro-mor do Hospital Real de
S.José.
Este extenso poema dedicado a Francisco de Almeida deve-se
ao facto de Thomaz dos Santos ter passado 12 anos internado e ter assistido a todas as
reformas ocorridas no hospital. Thomaz dos Santos chegou ao hospital cego e
aleijado e rapidamente o enfermeiro-mor se tornou o seu herói.
O que me interessa neste poema é a referência às salinas de
Rio Maior na página 86.
“(…)
Daqui vedes não longe mixta gente
Daqui vedes não longe mixta gente
De pé, e de cavallo, o
casco, ou elmo
D’alvos cordões
cingindo donde pende
Felpuda cauda do
animal astuto,
Porção nobre da minha
Estremadura,
A’quem fica do Téjo, a
ti vizinha,
Oh fértil Santarem, oh
Torres-novas;
C’o a fresca Golegã, e
a vargem sua,
Notavel por seu optimo
mercado,
E a ti, Rio-maior, q’em tal distancia
Roubaste ao vasto Oceano o segredo,
Com q’as ondas congela, e o sal fabríca;
Agoas bebe do Zezere
huma, e outra,
Que parece azedar-lhe
sangue e bofe,
Sômente no exterior
afável, meiga;
Sim expedita, e forte,
mas q’estima
Ferir mais a seu
salvo, ou surpreendendo,
Ou reduzindo á fome
(1) hum Campo em frente.
(…)
1) Tal succedeo a Massena, durante o tempo que
se demorou sobre estes contornos.”
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