Infante D. Pedro de Coimbra Rei D. Afonso V
A História conjunta de D. Pedro e D. Afonso V.
O rei Duarte I de Portugal foi casado com a princesa Leonor de Aragão e deste casamento surgiu D. Afonso V.
Com a morte de Duarte I em 1438, Afonso V sucede a seu pai com apenas 6 anos, mas como era menor, Portugal passa a ser regido por sua mãe, Leonor de Aragão.
Devido a Leonor de Aragão ser mulher e estrangeira, gerou muita oposição em Portugal e em 1439 as Cortes nacionais entregaram a regência a D. Pedro, duque de Coimbra, o tio mais velho de Afonso V.
D. Pedro procurou limitar o desenvolvimento da aristocracia, que criava verdadeiros reinos dentro do reino de Portugal e neste período o país prosperou. Como era de prever os nobres estavam descontentes e o ambiente político era mau.
Afonso, Conde de Barcelos e meio-irmão de D. Pedro, era seu inimigo e conseguiu tornar-se no tio favorito de Afonso V, começando a conspirar pelo poder.
Em 1442 D. Afonso V nomeia o seu tio Afonso como Duque de Bragança, tornando-o no homem mais poderoso de Portugal.
Numa tentativa de manter a influência junto a Afonso V, D. Pedro casa a sua filha Isabel de Coimbra com o jovem rei.
Em 1448, ao atingir a maioridade, D. Afonso V assume o controlo do reino e neste mesmo ano manda anular todos os editais aprovados por D. Pedro.
Em 1449, D. Afonso V declara D. Pedro, seu sogro, rebelde e inimigo do reino. Esta declaração é gerada pela intriga que estava instalada no reino, pois D. Afonso V, manda o tio Afonso de Bragança vir armado até Lisboa, mas ao saber que o seu inimigo queria passar por suas terras D. Pedro proíbe-o, o que fez levantar as vozes de que D. Pedro era desleal ao rei.
D. Afonso V dirige-se para Santarém com as suas tropas com o fim de submeter D. Pedro e este decide vir de Coimbra sobre Lisboa, dando-se o confronto em Alfarrobeira no qual D. Pedro morre.
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Pormenores da Batalha de Alfarrobeira.
Dos 67 castelos que existiam no reino, apenas os castelos que pertenciam ao Ducado de Coimbra (Coimbra, Lousã, Montemor-o-Velho e Penela) se encontravam sob a alçada do Infante D. Pedro. Portanto, o maior número de castelos guardava obediência ao rei D. Afonso V.
D. Afonso V, permaneceu em Santarém durante os primeiros 15 dias de Maio.
D. Pedro, Duque de Coimbra, sai desta cidade a 5 de Maio, embora o grosso da coluna militar tenha começado a digressão no dia anterior.
D. Pedro dirigiu-se para o Mosteiro de Alcobaça, onde chegou entre os dias 9 e 10 de Maio.
No dia 11 de Maio D. Pedro atingiu Rio Maior e por aqui ficou entre 3 a 4 dias.
O ex-regente foi aconselhado a não prosseguir caminho para Lisboa e a voltar para Coimbra. No entanto não seguiu o conselho e decidiu partir sobre Lisboa, a primeira cidade do reino.
D. Afonso V, saiu de Santarém, em perseguição do Infante, no dia 16 de Maio.
No dia 18 de Maio, D. Pedro desistiu de avançar sobre Lisboa, pois começaram a haver deserções na sua hoste e recebeu informações de que Lisboa se encontrava bem defendida e os seus habitantes irados contra ele.
Estabeleceu-se assim em Alfarrobeira (Actualmente é na freguesia de Vialongo, concelho de Vila Franca de Xira, junto à ribeira de Alfarrobeira).
A 20 de Maio dá-se o confronto entre as duas tropas e apesar de ter durado apenas hora e meia, houve muitos mortos e feridos. O Infante D. Pedro acabou morto.
Permaneceram todos em Alfarrobeira pelo espaço de 3 dias e 3 noites, cumprindo uma formalidade daquela época.
O corpo do Infante foi sepultado na Igreja de Alverca e o rei seguiu para Lisboa.
Actualmente o corpo de D. Pedro encontra-se sepultado no Mosteiro da Batalha, ao lado de sua esposa, D. Isabel de Aragão.
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