Não se sabe a data de construção da capela, mas existem registos paroquiais de 1569 em que a capela é referenciada (ano em que a Igreja de São Sebastião foi construída). Também é sabido que o templo foi refeito em 1718, tendo a essa data na torre um raro relógio de sol.
Inicialmente esta capela era conhecida como Capela das Almas, por ter pertencido à Irmandade das Almas.
A capela foi incorporada na Misericórdia em 1914 e posteriormente cedida à paróquia.
Em 2008 o largo exterior à capela foi requalificado, numa obra que custou à câmara de Rio Maior 49.231,00 Euros.
Já desde o tempo do Rei D. João I que a Nossa Senhora da Vitória é invocada. O Rei grato à Virgem Maria pela vitória sobre os Castelhanos na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), mandou construir um Mosteiro que recebeu o nome de ‘Santa Maria da Vitória’. Hoje em dia é conhecido como ‘Mosteiro da Batalha’. Em 1571 o Papa Pio V deu o título de Nossa Senhora da Vitória à Virgem Maria, em sinal de gratidão pela grande vitória na batalha naval de Lepanto em que a esquadra cristã derrotou a turca.
Pensa-se que a Capela de Nossa Senhora da Vitória tenha sido construída, pelo menos parcialmente, sobre uma outra que terá pertencido a um Paço Senhorial Medieval que aqui era edificado.
Julga-se que este Paço Medieval tenha sido posteriormente Paço Real, mas também uma necrópole na altura das Guerras Peninsulares e das Lutas Liberais.
A área que foi escavada, encontra-se agora tapada pela calçada do largo exterior da capela. Pode-se afirmar que esta zona de escavação é só uma pequena parte da zona que teria sido ocupada pela construção medieval, que a estrutura do edifício sofreu várias ampliações ao longo do tempo e que o paço seguia a topografia do terreno.
Este Paço, é citado nas crónicas de D. João I (11-04-1357 a 14-08-1433), escritas por Fernão Lopes. Pelo que é descrito nas crónicas, o conde Andeiro andava a dormir com D. Filipa de Lencastre, mulher do rei D. João I. O conde de Barcelos, irmão da rainha, veio ao paço de Rio Maior fazer uma espera ao conde Andeiro, mas, ou porque este pressentiu o perigo e voltou para trás, ou porque a rainha subornou o irmão, não aconteceu nenhuma tragédia.
Já agora Paço é um sinónimo de Palácio (paço-paaço-palaço-palácio).
As fotos seguintes referentes á escavação do Paço Medieval são do início de 2007 e foram colocadas por ‘tuga14’ no ‘skyscrapercity’.
Neste espaço pode encontrar muitas fotos de Rio Maior.
As ruínas foram limpas, protegidas com plásticos e foram recobertas com areia para as preservar até uma próxima intervenção.
Por baixo do largo da capela de Nossa Senhora da Vitória encontra-se um espaço que já pertenceu a uma antiga tipografia e que agora se encontra vazio e com as portas tapadas. Esta tipografia era de Manel Dias Ferreira e aí funcionou desde meados de 1895 até meados de 1940. A tipografia era explorada por Henrique Dias Ferreira.
Este espaço seria excelente para se fazer uma pequena exposição do passado histórico desta zona e também, porque não, uma entrada para o Paço Medieval.
Muito bom trabalho, Américo.
ResponderEliminarO Conde Andeiro era o amante de D. Leonor Teles, esposa de D. Fernando e foi morto por D. João, o Mestre De Avis, ainda antes de este ter sido aclamado Rei. Só muito depois é que casou com D. Filipa de Lencastre. Portanto o Conde Andeiro não era amamte de D. Filipa mas sim de D. Leonor.
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