sábado, 25 de fevereiro de 2012

Carta para o Conde de Rio Maior

Carta endereçada ao Conde de Rio Maior.

A carta foi expedida de Condeixa em 23 de Abril de 1821 para o Rio de Janeiro.
Nesta altura o segundo Conde de Rio Maior, António de Saldanha Oliveira Juzarte e Sousa, encontrava-se no Brasil com a Família Real.
Mas como quando a carta chegou ao Brasil, tanto o conde, como a família real já estavam de regresso a Portugal, a carta foi reendereçada para Lisboa, ficando com a marca do Rio de Janeiro. Em Lisboa a carta foi novamente entregue para distribuir ao domicílio, sendo marcada como CART.
A carta possui a marca de Condeixa a sépia e o porte de 80 reis manuscrito também em sépia.
Resta dizer que a carta foi leiloada e vendida por 10,20€.

O segundo Conde de Rio Maior, nasceu em 1776 e veio a falecer em 1825 (3 anos após a história desta carta). Pertenceu à câmara do rei D. João VI e entre outros títulos, foi Embaixador no Brasil. Pode consultar a sua história em:

A imagem da carta, foi retirada de:

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Marcos Quilométricos

Por definição, Marco Quilométrico é uma pedra ou estaca usada nas estradas para indicar distâncias em quilómetros em relação a um ponto de referência.

O Marco Quilométrico era feito de cimento e tinha aproximadamente as seguintes dimensões:
Peso:                    188Kg
Altura:                  900mm
Comprimento:   Base 400mm      Corpo 350mm
Largura:               Base 275mm      Corpo 250mm

 
O Marco Hectométrico também era feita de cimento com as seguintes dimensões:
Peso:                    19Kg
Altura:                  400mm
Comprimento:   150mm
Largura:               150mm

 
Já não fazem parte da Sinalização Rodoviária, mas foram úteis antes da era do GPS. Hoje em dia usa-se os sinais complementares metálicos para esta função. Os de cimento devem de ser preservados e bem tratados já que ainda continuam a ser úteis para muitos utentes da nossa rede rodoviária.

 
Qual a origem dos marcos quilométricos?
Temos que recuar até à época do Império Romano. Os romanos foram os grandes construtores de estradas, começando em 312 A.C. com a via Ápia (via que liga Roma a Brindisi) e à medida que iam conquistando terras, iam construindo estradas. Chegaram a ter uma rede de 350.000Km de estradas. Para os utentes destas estradas saberem aonde estavam, os romanos começaram a usar sinalizações, os miliários. Os miliários eram os marcos colocados ao longo das estradas romanas, em intervalos de cerca de 1480 metros e em forma de coluna na qual estava inscrito o número da milha da estrada em questão.

Principais vias de comunicação em Rio maior.

A EN1 é uma estrada que integra a rede nacional de estradas de Portugal. Entre 1945 e 1985 assumiu o papel de principal via de comunicação entre a região Norte e Sul de Portugal. Actualmente vários troços desta via foram convertidos em via expresso, como acontece em Rio Maior, tomando aí a designação de IC2. Em 1961 com a inauguração do primeiro troço de autoestrada com 26Km entre Lisboa e Vila Franca de Xira, a N1 passou a ser designada por N10 e para deixar a designação N1 para a auto-estrada, já que não havia numeração distinta para este tipo de via. Posteriormente a auto-estrada passou a se designar por A1, mas a N1 continua a ter o início em Vila Franca de Xira e o término em Vila Nova de Gaia.

A EN114 também integra a rede nacional de estradas de Portugal. Faz a ligação entre o Cabo Carvoeiro (Peniche) e Évora. Passa por muitas terras como Óbidos, Caldas da Rainha, Rio Maior, Santarém e Coruche.

A EN361 faz igualmente parte da rede nacional de estradas de Portugal. Antigamente tinha a designação de Estrada Regional. Faz a ligação entre a Lourinhã e Alcanena. A estrada tem algumas descontinuidades de percurso, como em Rio Maior que entronca na EN114 e depois na EN1. Passa por várias terras como Bombarral, Cadaval e Rio Maior. A ER361 refere-se somente à ligação entre Rio Maior e Alcanena, passando por Fráguas, Alcanede e Monsanto.

Para finalizar, dever-se-ia ter algum cuidado ao se pintar os marcos quilométricos, pois neste caso, não se respeitou a marcação original. No marco está gravado na face virada para a estrada a referência da estrada ‘E.N. 114’ e na face virada para quem vem de Rio Maior ’51; S. João 11; Ribeira 7; Santarém 26’. 51 é a distância ao Cabo Carvoeiro. Esta informação ficou tapada por baixo de uma camada de tinta, toda bonita, mas que em nada respeita a informação original.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mercado Mensal em Rio Maior

 
Foi reactivado no mês passado o Mercado Mensal de Rio Maior, após muitos anos sem ser realizado.
O Mercado Mensal de Rio Maior teve o seu início a 21 de Dezembro de 1840 e realizava-se nos terceiros Domingos de cada mês. Localizava-se no mesmo local da Feira Anual (atual FRIMOR), junto à antiga capela de São Sebastião (perto do atual cineteatro de Rio Maior).

O Mercado Mensal de Rio Maior realiza-se na terceira segunda-feira de cada mês, com o horário de funcionamento das 08:00 às 16:00. Este mês coincidiu com a 2ªfeira de Carnaval. O espaço esteve cheio de vendedores e compradores tentando aproveitar as melhores condições para o negócio.
Este mercado (feira), fica situado no centro da cidade, num espaço que habitualmente serve de parque de estacionamento e onde antigamente se situavam as caves D. Teodósio.
O terreno fica em frente da rua Francisco Barbosa e da rua Prof. Manuel José Ferreira. O terreno privado foi cedido à Câmara Municipal através de um contrato que pode ser renovado anualmente.

Esta reactivação do mercado foi a resposta ao pedido de muitos munícipes, mas também da Associação de Feirantes do Ribatejo e Concelhos Limítrofes que teve receptividade por parte da Associação Comercial e Empresarial de Rio Maior.


 
 
Abril de 2015
 
A partir de Abril de 2015 o Mercado  Mensal de Rio Maior passou a se realizar na zona envolvente ao Pavilhão Multiusos.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Carnaval em Asseiceira

 
O Corso de Carnaval de Asseiceira festeja este ano as suas bodas de prata, ou seja, festeja a 25ª edição deste evento.
O Corso e demais eventos de festejo do Carnaval são organizados pela Comissão de Melhoramentos e Progresso de Asseiceira.
Neste ano, voltou a não faltar muita animação e folia, com uma ajuda preciosa do tempo que brindou a todos com uma tarde primaveril.
Ficam de seguida algumas imagens deste corso carnavalesco, bem português e irreverente.
















Conjuntamente com o desfile nocturno em Rio Maior, este é um dos maiores eventos carnavalescos do Concelho.
Pode ver imagens do desfile nocturno do ano passado em:

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Centro Comercial 'O Salinas'

 
O Centro Comercial ‘O Salinas’ encontra-se na Avenida Paulo VI em Rio Maior.
A zona Comercial ocupa o Rés-do-Chão do edifício e possui 30 lojas distribuídas por um espaço de 2.396m2.
O edifício inaugurado em 1990, para além da função comercial, também possui escritórios e residências.

 
O nome do Centro Comercial é alusivo às Salinas de Rio Maior e junto a cada uma das entradas viradas para a avenida, possui um painel de azulejos alusivo à actividade de extracção do sal no início do século passado. Os azulejos são de autoria de Ricardo Roque.


 
Pode-se ver a distribuição das lojas na planta de emergência.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Portal Manuelino em Alqueidão - Alcobertas.

 
Num edifício recentemente remodelado em Alqueidão, existe um antigo Portal Manuelino.

 
O Estilo Manuelino é também conhecido como o Gótico Português e é um estilo decorativo e escultórico que se desenvolveu no reinado de D. Manuel I e que continuou a ser usado após a sua morte, embora já exista evidências deste estilo desde o reinado de D. João II.
O termo “Manuelino” foi criado por Francisco Adolfo Varnhagen na sua “Notícia Histórica e Descritiva do Mosteiro de Belém”, de 1842.
O Estilo Manuelino utiliza elementos de vários outros estilos (como o Gótico Final, arte Luso-Mourisca ou arte Mudéjar e ornamentos do Renascimento Italiano) a que juntou uma original e exuberante decoração. Em termos escultóricos usa ornamentos em relevo de cinzelados muito finos e rendilhados com motivos naturalistas (principalmente de influência marinha, mas também da fauna, flora e imaginários), símbolos dos descobrimentos e heráldica régia.

Fica de seguida uma imagem antiga deste portal.


Em Rio Maior também já existiu um Portal Manuelino que pode ser consultado em:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pegada de Dinossauro em Chãos.

 
Em Chãos, ao ser recuperada uma das casas antigas pela dinâmica cooperativa local, Terra Chã, verificou-se que uma das pedras tinha a marca de uma pegada de dinossauro. A Pedra em questão veio de uma pedreira da região.
Fica assim Rio Maior com uma pegada de dinossauro visitável a todos os que queiram ir até Chãos, em Alcobertas.

Mas um pouco por toda a Serra de Aire e Candeeiro se têm encontrado pegadas de dinossauros. Primeiro porque na zona existem muitas pedreiras que têm posto a descoberto as pegadas e em segundo porque há 175 milhões de anos atrás, no Jurássico Médio, esta área era uma zona costeira, de águas rasas e inundada por marés por onde os dinossauros herbívoros, como os Saurópodes costumavam pastar. De referir que entre o actual Portugal e o actual Canadá havia um mar pouco profundo de águas quentes e límpidas, com recifes de coral e com uma vegetação abundante (A Europa encontrava-se ligada à América do Norte formado o supercontinente Pangea).
Portanto, no fundo das lagoas marinhas depositava-se lama de calcário na qual ficavam facilmente gravadas as pegadas dos animais que por ali passavam.
Em Ourém, Torres Novas, existe o Monumento Natural das Pegadas dos Dinossauros da Serra de Aire. Pode saber mais sobre este monumento em:
http://www.pegadasdedinossaurios.org/

Pode saber mais sobre a Cooperativa Terra Chã, em:
http://www.cooperativaterracha.pt/


Representação de um dinossauro Saurópode.