quinta-feira, 23 de julho de 2020

Resinagem em Rio Maior


A Resinagem ainda continua ativa em Rio Maior.
Apesar de cada vez haver menos pinheiros devido à invasão dos eucaliptos é ainda possível ver a resina a correr bem perto da cidade de Rio Maior, como é o caso de Vale de Óbidos.

A resina é uma secreção das plantas, mais abundante mas espécies resinosas que serve para proteger a árvore das agressões, quando sofrem danos ou feridas. A resina é um líquido viscoso translúcido de cor amarela acastanhada que estimula a cicatrização da ferida e funciona como protector pois repele herbívoros e insectos. A resina não deve ser confundida com a seiva pois têm funções e características diferentes na árvore.


A resinagem é praticada manualmente pelo resineiro com o objectivo de extrair, recolher, limpar e acondicionar a resina de pinheiros.
A extracção da resina consiste em fazer cortes na casca do troco, fazendo com que a árvore produza e liberte a resina que é recolhida num recipiente preso à árvore.
A resinagem permite uma valorização extra dos povoamentos de pinheiros promovendo a criação de emprego e riqueza nos meios rurais.
A resinagem está regulada pelo decreto de lei nº 181/2015 de modo a permitir que a árvore continue a crescer ao longo da sua vida.

A resina é entregue a fábricas que a transformam em matéria prima para variados produtos.
A resina entra no fabrico de: Aguarrás; Vernizes de óleo; Lacas; Graxas; Colas; Elásticos; Indústria do papel; Medicina; …


Em termos históricos sabe-se que as resinas, incenso e mirra, foram muito utilizadas em rituais religiosos na Grécia, Roma e antigo Egito. Desde a Idade da Pedra até à Idade do Bronze o âmbar (resina fossilizada) era muito popular como ornamento. No meio naval a resina era usada para impermeabilizar e tornar mais resistentes a estrutura de madeira, mas também as cordas e lonas.
O uso excessivo das resinas levou ao aparecimento das primeiras resinas sintéticas em 1907 por Leo Baekeland.

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