A Resinagem ainda continua ativa em Rio Maior.
Apesar de cada vez haver menos pinheiros devido à invasão
dos eucaliptos é ainda possível ver a resina a correr bem perto da cidade de
Rio Maior, como é o caso de Vale de Óbidos.
A resina é uma secreção das plantas, mais abundante mas
espécies resinosas que serve para proteger a árvore das agressões, quando
sofrem danos ou feridas. A resina é um líquido viscoso translúcido de cor
amarela acastanhada que estimula a cicatrização da ferida e funciona como protector
pois repele herbívoros e insectos. A resina não deve ser confundida com a seiva
pois têm funções e características diferentes na árvore.
A resinagem é praticada manualmente pelo resineiro com o
objectivo de extrair, recolher, limpar e acondicionar a resina de pinheiros.
A extracção da resina consiste em fazer cortes na casca do
troco, fazendo com que a árvore produza e liberte a resina que é recolhida num
recipiente preso à árvore.
A resinagem permite uma valorização extra dos povoamentos de
pinheiros promovendo a criação de emprego e riqueza nos meios rurais.
A resinagem está regulada pelo decreto de lei nº 181/2015 de
modo a permitir que a árvore continue a crescer ao longo da sua vida.
A resina é entregue a fábricas que a transformam em matéria prima
para variados produtos.
A resina entra no fabrico de: Aguarrás; Vernizes de óleo;
Lacas; Graxas; Colas; Elásticos; Indústria do papel; Medicina; …
Em termos históricos
sabe-se que as resinas, incenso e mirra, foram muito utilizadas em rituais
religiosos na Grécia, Roma e antigo Egito. Desde a Idade da Pedra até à Idade
do Bronze o âmbar (resina fossilizada) era muito popular como ornamento. No
meio naval a resina era usada para impermeabilizar e tornar mais resistentes a
estrutura de madeira, mas também as cordas e lonas.
O uso excessivo das resinas levou ao aparecimento das
primeiras resinas sintéticas em 1907 por Leo Baekeland.
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