O Salteador e o Estudante
Esta história ou lenda, está escrita no “Archivo Popular” de
1843 e passou-se nos pinhais de Rio Maior.
Um estudante finalista que iria provavelmente para Coimbra
foi abordado por um assaltante empunhando um bacamarte junto aos pinhais de Rio
Maior.
O estudante bem tentou convencer o assaltante de que o que
lhe estava a fazer era malvado e que havia tanta outra gente a quem o dinheiro
faria menos falta.
Não tendo outra hipótese de se salvar, o estudante lá
entregou todo o dinheiro que trazia, 22 cruzados novos.
O estudante no entanto não desistiu e continuou a tentar que
para o crime do assaltante não ser tão hediondo, poderia este trocar o dinheiro
por algo que o assaltante tivesse, como, o bacamarte.
O assaltante concordou e mal o estudante se viu com o
bacamarte engatilhou-o e apontou-o ao ladrão, exigindo que lhe restituísse de
imediato o dinheiro.
O assaltante deu uma gargalhada e disse “Amigo, não é com
essa arma que o podeis fazer, porque está descarregada, mas já com esta
(mostrando-lhe uma pistola) seria muito mais fácil”.
Assim o estudante seguiu o seu caminho, mais ferido no
orgulho do que na carteira.
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