A Deco (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor), alerta hoje para a má qualidade do ar existente em algumas escolas nacionais.
Desta vez foram analisadas 23
escolas já com histórico de problemas e a escola Fernando Casimiro da Silva em
Rio Maior foi uma das visadas e uma de entre 4 que foram apontadas com casos
graves exigindo intervenções imediatas.
Neste estudo foram analisados os
fatores que contribuem para uma má qualidade do ar e que são: Presença de
amianto; existência de partículas finas; concentração elevada de dióxido de
carbono; presença de compostos orgânicos voláteis; presença de bactérias e
fungos; deficiente renovação do ar. A Escola Fernando Casimiro da
Silva teve a avaliação final de REPROVADO com problemas na questão do amianto,
COVs (Compostos orgânicos voláteis), bactérias e funcos.
Presença de amianto:
Foram
detetadas placas com amianto deterioradas e com risco de libertarem fibras
perigosas. No entanto o Ministério da Educação divulgou no ano passado uma
lista de 52 escolas com presença de amianto e nenhuma escola de Rio Maior
estava identificada.
O
fibrocimento inclui amianto na sua composição, numa proporção que varia entre
10 a 20%. Como o amianto está fortemente aglutinado no cimento, só há
libertação de fibras por o fibrocimento se encontrar degradado. O perigo do
amianto consiste na inalação de fibras e normalmente as placas de fibrocimento (desde
que não seja durante a sua manipulação) apresentam um risco reduzido pois o
valor considerado de risco (conforme diretiva europeia de 27 de Março de 2003 –
2003/18/CE) é quando para uma presença diário de 8 horas se verifique um valor
superior de 0,1 fibra/cm3.
A
presença por longo período de tempo e com concentrações elevadas de amianto,
pode provocar que as fibras se alojem nos pulmões e causem doenças cronicas pulmonares
(asbestose), cancro do pulmão ou gastrointestinal e doenças pleurais, bem como
algumas infeções cutâneas.
Concentrações de COVs (Compostos
orgânicos voláteis):
COVs
são compostos orgânicos que vaporizam facilmente e são considerados poluentes
perigosos. Considera-se como COVs uma grande variedade de moléculas de base
carbono, tais como aldeídos, cetonas e outros hidrocarbonetos leves. Nas
escolas, a principal fonte destes poluentes são de compostos libertados pelas
tintas usadas nas paredes, vernizes das madeiras, solventes e também nos
produtos usados para a limpeza dos espaços.
A
inalação destes compostos por um período longo de tempo e em concentrações
elevadas, pode produzir efeitos adversos na saúde, como: irritação nos olhos,
nariz e garganta, náuseas e redução da força física.
Presença de bactérias e
fungos:
Os
fungos e bactérias são uteis na natureza pois permitem a reciclagem de
nutrientes orgânicos sendo os principais decompositores. Mas nas escolas a sua
presença já não é desejada pois nos seres humanos funcionam como parasitas
degradando tecidos do nosso organismo e produzem toxinas que causam infeções.
A
principal causa da presença de elevados índices de bactérias e fungos é a falta
de higiene das instalações, presença de humidades, uso de materiais porosos, o
não uso de tintas antibacterianas, má ventilação.
As
infeções provocadas por fungos são as chamadas micoses que costumam ter uma evolução
crónica. Os fungos podem colonizar a pele, genitais, trato gastrointestinal e o
trato respiratório. A Candidíase é uma infeção causada pelo fungo Candida
albicans.
As
doenças mais graves causadas por bactérias são a Tuberculose provocada pelo
Mycobacterium tuberculosis e a Gonorreia provocada pela Meisseria gonorrhoease
Penso que não devemos entrar em histerias
ou em sobre reação face a estes problemas detetados, mas devemos trabalhar de
forma assertiva para a resolução dos mesmos e verificar se nos restantes
espaços públicos estes problemas também existem e como podem ser resolvidos ou
minimizados os seus impactos.
25-09-2014
A direção da escola Fernando Casimiro da Silva já esclareceu que o relatório da DECO resulta de uma visita ocorrida a 29 de Abril de 2013 e que as placas de fibrocimento contendo amianto já foram removidas no passado mês de Agosto. A escola afirma também tudo estar a fazer para ter as melhores condições de segurança, higiene e saúde.
25-09-2014
A direção da escola Fernando Casimiro da Silva já esclareceu que o relatório da DECO resulta de uma visita ocorrida a 29 de Abril de 2013 e que as placas de fibrocimento contendo amianto já foram removidas no passado mês de Agosto. A escola afirma também tudo estar a fazer para ter as melhores condições de segurança, higiene e saúde.
Sem comentários:
Enviar um comentário