Em São João da Ribeira existe uma casa que embora actualmente esteja em ruínas, pertenceu há chamada Quinta do Seabra.
A Quinta tem este nome pois pertenceu a José de Seabra da Silva que foi um estadista e secretário de estado adjunto do Marquês de Pombal entre 06-06-1771 e 06-05-1774 durante o reinado de D. José I.
José de Seabra nasceu em Vilela a 31-08-1732 e faleceu a 13-03-1813. Como curiosidade entrou para a universidade com 12 anos na faculdade de Leis e doutorou-se com 19 anos em 1751. Desde que fez o seu exame de ‘jure aperto’ logo em 1752 na presença do Marquês que a sua progressão na carreira foi excepcional aliada também à cada vez maior importância que o Marquês de Pombal tinha no reino.
José de Seabra esteve no poder durante três anos, merecendo sempre a confiança total do Marquês de Pombal. Então cai sobre José de Seabra uma grande desgraça pois sem saber o motivo pelo qual o acusavam e por ordem directa do Rei D.José I, é desterrado de Lisboa para Besteiros, depois para o Porto, Brasil e por último para África. O motivo do desterro nunca foi conhecido embora houvesse o boato que o Cardeal da Cunha criara uma intriga envolvendo o nome de Seabra da Silva numa conspiração para afastar do trono a princesa D. Maria.
Em 1778 pela morte do rei D. José I, foi autorizado a voltar a Portugal e já pela mão da rainha D. Maria I obteve a declaração que proclamava a sua inocência e teve direito a uma indemnização. Em 1788 foi nomeado ministro e secretário de estado dos negócios do reino. Não foi feliz pois rebentou a revolução francesa e houve algumas medidas pouco acertadas que foram realizadas, no entanto tomou várias medidas de relevo com respeito às artes e ciências.
O príncipe João VI assumiu a regência do reino em 1792 por a rainha D. Maria I se encontrar incapaz de governar devido ao seu estado de loucura. Em 1799 José de Seabra opôs-se a que o príncipe João VI fosse coroado rei por sua mãe ainda se encontrar viva e isso custou-lhe um novo desterro, desta vez para a sua quinta na Figueira da Foz. A pedido da mulher de José Seabra, D. Ana, o príncipe autorizou que ele fosse murar para a sua quinta em S. João da Ribeira por ser mais sossegada.
Devido aos seus conselhos continuarem a ser muito requeridos, foi autorizado a voltar para Lisboa em 1804.
De referir como curiosidade que as paredes da casa eram tão grossas que no início da sua construção rodaram carros de bois por cima delas. A casa começou a ser construída no tempo do reinado de D.José I e acabada já ao gosto de José Seabra. A quinta possuía também uma capela que um antigo rendeiro mandou demolir. Consta também que existia nesta quinta um grande subterrâneo no qual se refugiaram alguns políticos que eram perseguidos pelas suas ideologias.
De referir como curiosidade que as paredes da casa eram tão grossas que no início da sua construção rodaram carros de bois por cima delas. A casa começou a ser construída no tempo do reinado de D.José I e acabada já ao gosto de José Seabra. A quinta possuía também uma capela que um antigo rendeiro mandou demolir. Consta também que existia nesta quinta um grande subterrâneo no qual se refugiaram alguns políticos que eram perseguidos pelas suas ideologias.
Chamo a atenção do autor deste blog para a notícia inserida na Maior Tv sobre esta página.
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Parabéns pelo vosso trabalho
Vítor Santos