quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Capela de S. Gregório em Carvalhais

No lugar de Carvalhais que pertence à Freguesia de Fráguas, existe a Capela de S. Gregório.
Esta capela fica no mesmo largo da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Carvalhais.

No interior da capela destaca-se a imagem de S. Gregório.
Por cima da porta principal, está gravada a data que aparenta ser 1700. Será esta a data de construção da primitiva capela?
Junto à cruz que encima a fachada principal, encontra-se outra pedra gravada com a seguinte inscrição 'M.T.R. E.M.A.G. D. 1920' que deve de corresponder a uma remodelação que existiu no ano de 1920 na capela.
Junto a uma porta lateral, existe outra placa referente a um restauro mais recente efectuado em 25 de Setembro de 1983 e a onde está gravado 'Esta capela foi restaurada pelo povo de Carvalhais e inaugurada pelo Sr. Bispo de Santarém D. António Francisco Marques 25-9-83'.



terça-feira, 30 de agosto de 2011

Parque de Merendas de Vale D'Enguia

Parque de Merendas de Vale de Enguia, em Arruda dos Pisões.

 
Este é um parque que convida a uma pausa na viagem. Pena é os acessos não serem os melhores.
Um local com muita vegetação e árvores altas, com água, instalações sanitárias, churrasco, mesas e um duplo alpendre.
O parque foi construindo à volta de uma fonte já existente e que possui um bonito painel de azulejos de 1996.
A construção do parque teve a colaboração da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal e do APRODER. Contou com a visita do Presidente da Câmara, Silvino Sequeira, em 26.06.2005.



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ponte em Estanganhola - São Sebastião

Na estrada EN361, ao se passar pela localidade de Estanganhola, atravessa-se o Rio do Penegral usando uma ponte estilo romana de um arco.
Como curiosidade, para a construção da Barragem de Castelo de Bode no Rio Zêzere (1945-1951), foi necessário reforçar esta ponte de modo a permitir a passagem dos camiões carregados de areia e pedra necessárias à contrução.
O Rio do Penegral nasce perto da localidade de Fonte Longa, Alcobertas. Após passar por Estanganhola, junta-se à Ribeira das Póvoas para formar a Ribeira dos Pisões que é um afluente da Ribeira de Alcobertas.

Sobre o nome Estanganhola:
Possivelmente, "Estanganhola" (ou "Estanguenhola") corresponderá à pronúncia local, o que seria compreensível, caso a origem deste topónimo fosse a que passamos a alvitrar.
Identificando reservatórios de água, represas ou açudes de variada dimensão, espalham-se por todo o país topónimos como "Tanque" e, principalmente a sul do Tejo, "Estanco" e "Estanque" e seus derivados, cuja lista, retirada da Carta Militar 1:25 000, pode ser consultada mais abaixo.
Estanganhola, a grafia inscrita na folha 339 da referida carta, mas que, à semelhança de outros topónimos cartografados na mesma folha, não passou por lapso ao Reportório Toponímico de Portugal, parece-nos corresponder a um derivado de estanco com dupla sufixação. Teríamos então o português antigo estanco "lago, tanque" + -inho + -ola > *Estanquinhola > *Estanquenhola (por emudecimento da vogal átona -i- em contacto com a consoante surda) > *Estanguenhola (por sonorização -q- > -g-) > Estanganhola (por assimilação progressiva).
Quanto ao "estanco" está hoje lembrado no topónimo Travessa da Azenha, em Estanganhola, a lembrar o tempo em que ali funcionava um moinho de água, certamente com um açude para armazenamento das águas desviadas do rio Penegral.
Esta descrição encontra-se no blog ‘toponímia: gentes & lugares’, em:

sábado, 27 de agosto de 2011

Suplemento Diário Notícias de 1925

Em 1925 o Diário de Notícias lançou um suplemento ao Jornal para os leitores adivinharem de que terra se estava a falar (2º Concurso Terras de Portugal).
Logo no número dois versava o seguinte:
Como fita de cristal
Por entre margens virentes
Deslizam, no ameno vale,
As suas águas correntes.
E pelas varzeas seguindo
Á terrinha o nome dá
Pode haver outro mais lindo,
Mas tão grande é que não há.

Claro que se referiam a Rio Maior.

A imagem foi retirada do Blog 'Rua Onze' em:
http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/266417.html

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Placa Toponímica em Rio Maior da I República

Esta placa toponímica existente na Rua Daniel Cordeiro Feio é de ferro lacado com fundo azul escuro e com letras mais rebordo branco.
Estas placas são típicas da altura da Primeira República Portuguesa (1910-1926).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Antiga linha de Caminho de Ferro em Rio Maior

Linha Férrea de Rio Maior
A 19 de Agosto de 1907 o Governo decretou a construção da linha férrea de Rio Maior.
Embora fosse uma grande aspiração local, só muitos anos mais tarde foi concretizada e somente para transporte exclusivo de lenhite.
Em 1911 deslocou-se a Lisboa uma delegação de representantes dos Concelhos de Rio Maior, Cartaxo e Caldas da Rainha que foi recebida pelo Ministro do Fomento que prometeu desenvolver todos os esforços para a construção do ramal do caminho de ferro que servia Rio Maior, Setil-Peniche.
Em 1920 o Governo chega a abrir um concurso público para a construção da linha férrea de Rio Maior, mas como não apareceram concorrentes a obra não se inicia.
A linha começa a ser construída na década de 40 do século passado, mas a um ritmo muito lento.
Em 1942 a Comissão Reguladora do Comércio do Carvão é autorizada a contrair um empréstimo bancário de 18 mil contos (89.783,00€) para ocorrer a despesas com a construção do caminho-de-ferro mineiro.
A linha acaba por se concretizar em 1945 no traçado Rio Maior – Vale de Santarém.
Pelas 22:30 do dia 24 de Abril de 1945, saiu de Rio Maior o primeiro comboio carregado com lenhite (embora se tenha previamente realizado um carregamento de 250 toneladas de madeira dos pinhais do Concelho).
Passaram a sair diariamente de Rio Maior dois comboios, um com lenhite e outro com lenha.
O cais ferroviário da mina localizava-se no local em que actualmente está construído o pavilhão multiusos de Rio Maior.


 
Acaba assim o transporte de Carvão por camionetas que era realizado entre Rio Maior e a estação de Santarém. O descontentamento das populações de Rio Maior aumenta, pois o comboio não leva passageiros, nem sequer transporta mercadorias de particulares.
Ainda em 1945 foi autorizado o transporte de mercadorias de particulares, mas o transporte de passageiros nunca foi consentido.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial o interesse pela mina de lenhite começou a decrescer.
Na década de 60 do século passado a mina foi fechada e o comboio parou de circular pela linha férrea.
A linha foi desmontada em 1970.
Em 1978 noticiou-se um projecto de realização de uma via rápida que ligaria a EN1 em Rio Maior a Santarém, usando na sua maior parte o trajecto da antiga linha férrea. Este projecto contava com apoio Norte Americano.
O antigo traçado da linha férrea encontra-se abandonado em grande parte do seu trajecto, mas permite umas boas caminhadas ou uns excelentes passeios de bicicleta.
Falta referir que a linha férrea acompanhava muito de perto o percurso do rio Maior.
Carta Militar de Portugal - Série M 888 - Folhas 339
Carta Militar de Portugal - Série M 888 - Folhas 339 351 352 364


Mais informações sobre a Mina do Espadanal em:

Com a deslocalização do futuro aeroporto de Lisboa da OTA (decisão tomada em 2005) para Alcochete (decisão tomada em 2008) surgiu novamente a possibilidade de Rio Maior ser servida por comboio como contrapartida em 2 projectos:
- Estação do TGV
- Corredor Ferroviário Caldas da Rainha – Rio Maior - Santarém
Ambos os projectos se encontram actualmente suspensos devido à crise económica que teima em não nos deixar.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Antiga Capela de São Sebastião em Rio Maior


Capela de São Sebastião foi construída em 1559 e existia no local a onde actualmente se encontra o parque de estacionamento subterrâneo na Rua 5 de Outubro.
Foi demolida em 1914 para alargar a rua e sob o pretexto de se encontrar em ruínas. A principal razão para alargar a rua foi o de criar mais espaço útil para a realização da Grande Feira Anual de Rio Maior (atual FRIMOR).
O alpendre desta capela datava de 1688.
Até à pouco tempo ainda haviam alicerces, a escadaria e outros vestígios arqueológicos, mas com a construção do parque automóvel subterrâneo tudo foi destruído sem dar hipóteses de se fazer um correcto levantamento arqueológico dos vestígios existentes. Isto aconteceu em 2004.

Este painel do ‘Casamento da Virgem’ pertencia à capela, mas encontra-se actualmente num prédio no Alto Pina em Rio Maior.

A capela também possuía um painel de azulejos relativo ao nascimento da Virgem Maria.


Curioso é o osso de costela proveniente de um cetáceo (baleia) que se encontra em exposição na Casa Senhorial. Este osso foi descoberto no local da capela e pensa-se que fazia parte da estrutura do tecto desta, pois existem referências a este tipo de construção e o osso apresenta vestígios de cal.

Na imagem seguinte, retirada do livro 'História de Rio maior' de Fernando Duarte, pode-se observar ainda o declive junto à primeira árvore da avenida 5 de Outubro, no qual ainda restavam até há pouco tempo os alicerces e a escadaria da antiga capela.


O altar desta antiga capela pode ser visto na Capela do Casal da Coita em Santa Catarina (Caldas da Rainha). O artigo pode ser consultado em: 


domingo, 21 de agosto de 2011

Ponte que liga São João da Ribeira ao Moinho D'Ordem

 
Na estrada que liga São João da Ribeira ao Moinho D’Ordem, para quem vem pela EN114, existe uma ponte que serve para transpor o rio Maior.

Esta bonita ponte é constituída por 3 arcos.
O assoreamento do rio é bem patente nesta ponte o que provoca o impedimento da passagem do normal caudal do rio por um dos arcos.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Fonte da Estanganhola

Em S. Sebastião, junto á Estrada Nacional 361 existe a Fonte da Estanganhola.
Existe uma pedra gravada no interior do telheiro e que se deve referir ás últimas obras aqui realizadas e que datam de 10 de Junho de 1989.
Pena que o estado de conservação da fonte e áreas envolventes não seja o melhor.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Carlos Pereira, Arqueólogo de Rio Maior.

Carlos Pereira.



Carlos Manuel Coelho Pereira nasceu a 01 de Dezembro de 1962 em Ribeira de São João.
Desde pequeno que o gosto pela geologia e arqueologia o acompanhou, mas foi com a participação num curso de arqueologia do Instituto Politécnico de Santarém que ficou inevitavelmente ligado à arqueologia de Rio Maior. Pediu ao seu professor para participar nas escavações que estavam a decorrer em Almeirim sob a sua responsabilidade. Com esta participação e com os contactos deste professor e do então Vereador da Câmara de Rio Maior, Silvino Sequeira, surgiu a ideia de se ter alguém em Rio Maior a trabalhar a tempo inteiro a fazer prospecção de campo e a ir assinalando as estações arqueológicas descobertas.
O Grupo de Animação à Juvenil (GAJ) promoveu um Curso de Arqueologia em Rio Maior que trouxe à nossa terra o mestre de arqueologia, Octávio da Veiga Ferreira. Surgiu um novo projecto de campo que trouxe Humberto Nuno de Oliveira, formalizado com a assinatura de um protocolo com a Universidade Lusíada onde este investigador é docente, começando assim a arqueologia de forma sistemática em Rio Maior.
Carlos Pereira tem o curso Superior de História pela Universidade de Lusíada de Lisboa e é actualmente o Arqueólogo de Rio Maior.
Após vários anos em que não teve condições para poder fazer o trabalho como gostaria, surge a crise económica que neste momento dificulta as desejadas grandes intervenções.
No entanto os trabalhos de investigação continuam com a equipa pluridisciplinar PARM (Equipa Multidisciplinar para o Património e Arqueologia de Rio Maior). Este grupo que surgiu em 1992 dedica-se ao estudo, divulgação, promoção e protecção do património de Rio Maior.
Está também a ser realizado o levantamento antropológico de São João da Ribeira por um dos elementos da PARM, a ser promovido um curso de arqueologia em colaboração com a Wake Forest University (Carolina do Norte – EUA), a serem realizados projectos de revitalização da Casa Senhorial e da Villa Romana, a serem realizados trabalhos de arqueologia de emergência (acompanhamento de obras em que se realizam movimentação de terras) e claro a serem dinamizadas as visitas de estudo com as escolas interessadas.
Recentemente, têm sido feitas importantes descobertas na nossa região. Mas enquanto os espaços e objectos encontrados não estiverem devidamente estudados, catalogados e protegidos, não devem ser divulgados, de modo a evitar a sua destruição e consequente perda de património, que é como quem diz a perda destas ‘janelas’ para o nosso passado.
Mas pode referir-se o importante sítio que é o Castro de S. Martinho. Já se procedeu ao estudo por Radar e está a organizar-se uma campanha para detectar as estruturas do castro, a tipologia, a área ocupada e a integridade dos achados. Uma intervenção futura pode passar por colocar a descoberto as estruturas e talvez reconstruir alguns dos edifícios.

Outro local interessante para investigar, é a área dos Silos de Alcobertas (reservatórios medievais escavados no solo para guardar cereais ou outros viveres). Ainda existem algumas perguntas sobre estes silos que não estão bem explicadas, como: Porque é que foram encontrados alguns silos selados, mas limpos e vazios? E porque é que um deles estava cheio com pedra basáltica se não há rocha deste tipo nas imediações? Também aqui se fez o estudo do local por Radar tendo sido detectadas anomalias que podem indicar a presença de novos silos.
Entre os anos 30 e 50 do século passado, realizaram-se várias escavações em Rio Maior e milhares de peças estão guardadas em caixotes no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia em Lisboa. Está a tentar-se que parte desse espólio seja devolvido a Rio Maior, mas para isso temos que ter um museu.
O museu pode surgir na zona da Villa Romana que neste momento não possui condições para ser visitada (com a excepção de visitas guiadas com grupos pouco numerosos), mas, sendo o mais importante e emblemático monumento da nossa cidade, pode e de certeza será o seu ex-líbris. Devido a possuir mosaicos com padrões de grande qualidade e com muitas tonalidades de cor, a Villa Romana deverá ser protegida por uma estrutura que evite a acção directa do Sol. Aproveitando esta estrutura, poderia nascer aqui um museu da região em que ficariam patentes os vários achados recolhidos e que são uma evidência da ocupação de Rio Maior de uma forma contínua desde o tempo do Paleolítico aos nossos dias. Aproveitava-se assim a Villa Romana para criar uma nova centralidade na cidade, criavam-se novos fluxos de pessoas e abria-se um novo espaço de lazer que permitiria também promover uma zona de contacto com o rio. De notar que a colecção pessoal do arqueólogo Octávio da Veiga Ferreira respeitante às descobertas em Rio Maior, poderia ter ficado cá na terra se o museu já existisse. Assim foi para Israel aquando do seu falecimento, devido às suas raízes Judaicas.

É necessário também referir que é muito importante avisar o sector de arqueologia da Câmara sempre que ao se executar uma obra que obrigue a remoção de terras surjam vestígios de ocupação antiga. Está incutida a ideia que os estudos de arqueologia sobre os achados irão atrasar as obras ou mesmo inviabilizá-las, mas esta ideia pré-concebida está errada. A função do arqueólogo nestes trabalhos de emergência é o de fazer o levantamento topológico dos achados, catalogar e recolhê-los. Só em caso de achados extraordinários é que as obras seriam afectadas, mas mesmo aí, existem soluções e alguns casos poderiam sair valorizadas caso os achados pudessem ser incluídos no projecto de execução da obra. Existem em Rio Maior bons exemplos deste tipo de arqueologia de emergência como os achados da época do Paleolítico e do Calcolítico que foram recolhidos nos sítios que ficaram designados por Vale de Óbidos e Sesmarias.
O que se deve evitar é que património seja irremediavelmente perdido sem ser estudado, como o que conteceu na altura da construção do parque de estacionamento junto à Câmara Municipal, destuindo-se sem dar oportunidade de estudo, as fundações e outros vestígios da antiga capela de S. Sebastião, datada do século XVI ou ainda com a destruição de sítios arqueológicos no Pinheiro de Carneira e Vascas durante a construção de vivendas na zona do Cidral.
Existe também património que pode ser recuperado e em exemplo disso, está-se a tentar realizar uma campanha para encontrar as partes de um possível menir (bétilo) que existiu em Ribeira de São João e sobre o qual apenas existe uma fotografia antiga que mostra os desenhos que esta pedra sagrada tinha.

Sobre os possiveis erros que segundo Carlos Pereira têm sido cometidos na análise histórica, não são muitos, pois na sua maioria vêm da tradição popular e isso não deve de ser considerado erro. Por exemplo, chamar Potes Mouros aos Silos de Alcobertas ou Fonte Mourisca à fonte de Assentiz, não são erros, pois mesmo sabendo que eles não são de origem árabe, não faz sentido chamar a estas construções por outro nome que não seja aquele pelo que elas são e sempre foram conhecidas pela cultura popular. No entanto, continuar-se a afirmar que o adobe foi introduzido em Portugal pelos Árabes já pode ser considerado um erro, pois os romanos já o utilizavam e, por exemplo, na Villa Romana de Rio Maior, existem vestígios de adobe na estrutura das paredes.

É impossível definir qual a ‘jóia arqueológica’ de Rio Maior pois os vestígios são muito vastos e cada um deles é importante para a sua época arqueológica, ou para a identidade de um lugar. Mas pode-se sempre referir os muitos vestígios de ocupação humana que têm sido recolhidos e que atestam a ocupação continua deste lugar desde o Paleolítico (há 600.000 anos), a Villa Romana que poderá ser o próximo cartão de visitas de Rio Maior, o Castro de São Martinho e o Dólmen de Alcobertas.

Este texto teve por base uma conversa informal no escritório de Carlos Pereira na Casa Senhorial e desde já agradeço a disponibilidade que mostrou em me receber.
Carlos Pereira é um homem apaixonado pela arqueologia, capaz de sacrifícios pessoais para proteger o património e manter as suas convicções. Considera que as adversidades são um estímulo para continuar e que é no recorrer a parcerias que pode estar a chave para não se estagnar nesta época de crise. Por fim, Carlos Pereira define-se como pragmático, mas não ortodoxo nem fundamentalista.

Resta-me deixar um convite a todos para visitarem a Casa Senhorial em Rio Maior, onde podem apreciar a exposição permanente sobre a Villa Romana. Está também patente uma exposição de achados arqueológicos da região, organizados cronológicamente desde o Paleolítico até aos nossos dias, à qual pertencem objectos como peças do tempo da pedra lascada, da pedra polida, cerâmicas medievais, vestígios da invasão napoleónica e da indústria mineira.

PARM – Equipa Multidisciplinar para o Património e Arqueologia de Rio Maior

Como curiosidade fica aqui também uma cópia de uma entrevista que Carlos Pereira deu ao ‘Jornal Região de Rio Maior’ em 1989.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Vila da Marmeleira


Imagem da Vila da Marmeleira, onde se pode vislumbrar a igreja e o miradouro.

Imagem panorâmica da Vila da Marmeleira e do seu paul.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Bica de água em Malaqueijo.

Em frente ao Marcado Diário de Malaqueijo existe um pequeno largo.
Nesse largo pode-se observar a grande roda em ferro de uma bomba manual que serviu para retirar água do poço.

No entanto, do lado oposto do muro fica uma bica de água encimada por uma pedra em mármore que é evocativa da inauguração do abastecimento público de água nesta freguesia.
Na pedra pode-se ler:
'Inauguração do abastecimento da água em 19-2-1984 pelo Exmo Sr. Governador Civil eng. José Frazão'.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ribeira e pontes em Arrouquelas

Não é muito visivel, mas em Arrouquelas passa uma ribeira.
Ainda menos conhecidas são as suas 4 pontes.

Ponte à entrada de Arrouquelas para quem vem de Manique do Intendente:
 
Ponte do Pontão, que foi construida pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal, sendo inaugurada a 28 de Novembro de 1993:
 
Ponte Porto das Macieiras:
 
Ponte da Sanguinheira, inaugurada a 08 de Outubro de 2000:
 
Ora nesta última ponte, os seus construtores dicidiram deixar gravado no cimento os seus nomes: António Madail, Luis Barbara, Manuel B. Fialho, Horácio Madaleno, Alfredo Távares e Daniel Pião.

A ribeira chama-se Ribeira de Arrouquelas, também conhecida por Vala do Montujo. No entanto nas cartas militares aparece como Ribeira do Juncal.
A água que passa nesta ribeira é alimentada de outras duas que se unem à entrada de Arrouquelas. A Ribeira Vale Das Lebres que nasce para os lados das Quebradas e a Ribeira da Amieira que nasce um pouco mais para Noroeste do Campo de Golf 'Golden Eagle' num lugar chamado Vale do Paul.
A última vez que a Ribeira foi limpa remonta a 1940, quando alguns proprietários fizeram o pedido ao Governo. A limpeza ficou concluída em 1944, mas em 1945 os proprietários dos terrenos que confinavam com o rio não ganharam para o susto ao serem intimados a pagarem cerca de 230 contos (cerca de 1.147,00€) para custear parte das despesas. Valeu a intervenção do Major Valente de Carvalho, Governador Civil, que atendeu às reclamações dos proprietários.