domingo, 17 de julho de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

Buraco da Moura nas Bocas

Quem circula pela estrada que liga Rio Maior a Caldas da Rainha (N114) , mesmo no final da recta ao entrar nas ‘Bocas’, pode encontrar ao seu lado direito o ‘Buraco da Moura’.

Este buraco nada mais é do que uma falha tectónica na zona Oeste do maciço calcário da Serra dos Candeeiros.
Em vários pontos desta falha é possível chegar à água que alimenta as nascentes do rio Maior.
Devido à perigosidade que a exploração desta falha apresenta, só devem de entrar nela pessoas experientes e devidamente equipadas. A falha já foi explorada por diversas vezes e segundo sei, nunca ninguém conseguiu chegar ao final dela pois é muito extensa e em vários locais muito estreita e inclinada.






quarta-feira, 13 de julho de 2011

13 de Julho de 1975

13 de Julho é uma data marcante para Portugal, mas sobretudo para Rio Maior, pois em 1975 umas centenas de agricultores juntaram-se perto do antigo Grémio da Lavoura em Rio Maior, para evitar que esse fosse ocupado.
É desta altura que surge a referência à Moca de Rio Maior, conforme está escrito no artigo:
As Herdades e os Grémios da Lavoura vinham a ser ocupadas sucessivamente a partir do Sul de Portugal, dada a influência que os partidos de uma esquerda mais radical tinham na altura.
Mas foi em Rio Maior que este movimento parou, quando após uma fuga de informação, os agricultores souberam que o seu Grémio estava para ser ocupado. Os populares mobilizaram-se e protegeram conforme puderam (com o recurso à Moca) o seu Grémio dos pretensos ocupantes que vinham das terras vizinhas de Alpiarça.
Milhares de pessoas uniram-se aos agricultores, sendo a sede do Partido Comunista e a sede da Frente Socialista Popular em Rio Maior destruídas. Os ânimos só acalmaram com a chegada de militares vindos de Caldas da Rainha.
A imagem seguinte mostra a sede do Partido Comunista a ser destruída a 14 de Julho, com o arremesso de mobiliário e documentos pela janela. Por último foram também atirados pela janela 5 membros do partido que sofreram ferimentos.
No dia seguinte os ânimos voltaram-se a inflamar com os comentários que apareceram nos jornais vindos de Lisboa e que eram controlados pelo Concelho da Revolução. Os jornais chamavam ‘Arruaceiros’ aos riomaiorenses e levou a que a população mais uma vez se unisse, destruindo todos os jornais vindos de Lisboa. Como não houve repressão policial, estas acções alastraram-se a outros Municípios (principalmente do Norte) de Portugal.
Até ao final do ano de 1975 a situação manteve-se muito ‘quente’, voltando apenas a começar a normalizar com a intervenção de Ramalho Eanes impedindo um golpe de estado em 25 de Novembro de 1975.

Ficam de seguida duas fotos retiradas de dois blogs nacionais.
- Manifestação em Rio Maior, na qual foi tomada a decisão de efectuar cortes de estrada, que se alastraram a outras terras e que culminaram com os acontecimentos ocorridos em 25 de Novembro de 1975.
A foto foi retirada do Blog ‘Ao Correr Deste Rio’ em:
http://aocorrerdesterio.blogspot.com/2009/11/24-de-novembro-de-1975.html


- Foto do 2º Plenário Nacional  de Agricultores realizada a 14 de Dezembro de 1975 em Rio Maior.
A foto foi retirada do Blog ‘Império Nação Revolução em:
http://imperionacaorevolucao.blogspot.com/2011_04_01_archive.html



Resumo dos tempos conturbados em Portugal, entre 1974 e 1976:
-         A 25 de Abril de 1974, o MFA (Movimento das Forças Armadas) liderado por Otelo Saraiva de Carvalho, apoiado pelo CCP (Movimento dos Capitães) e pelo povo, derrubaram o antigo regime, forçando o exílio no Brasil de Marcelo Caetano e Américo Tomaz.
-         António Sebastião Spínola é nomeado Presidente da Junta Militar.
-         Abolição da DGS (Polícia Secreta).
-         A 16 de Maio de 1974, Adelino da Palma Carlos é nomeado Primeiro Ministro de 1º Governo Provisório.
-         Otelo Saraiva, lidera a COPCON (Força militar de elite com 5.000 homens) que funciona como polícia política.
-         18 de Julho de 1974, Vasco dos Santos Gonçalves é nomeado Primeiro Ministro do 2º Governo Provisório. Vasco Gonçalves é renomeado Primeiro Ministro para os 3º e 4º Governos Provisórios em que a Extrema Esquerda vai tendo cada vez mais força.
-         Em Setembro de 1974 Francisco da Costa Gomes é nomeado Presidente da República.
-         Em Outubro de 1974, o Partido Comunista consolida a sua força no MFA, controlando as repartições administrativas, os sindicatos e os comités de trabalhadores.
-         Em Janeiro de 1975, começam as ocupações de terras pelos trabalhadores rurais no Alentejo.
-         A 11 de Março de 1975, dá-se uma tentativa falhada de golpe de estado para dar um fim aos excessos revolucionários, liderada pelo General Spínola que foge para o Brasil.
-         As prisões voltam-se a encher com presos políticos.
-         A 3 de Junho de 1975, todos os serviços de informação passam para o controlo do Concelho da Revolução.
-         A 8 de Agosto de 1975, José Pinheiro de Azevedo é nomeado Primeiro Ministro do 5º Governo Provisório.
-         Começam as nacionalizações das principais indústrias e serviços.
-         Em Agosto de 1975, dá-se o regresso massivo de portugueses vindos das ex-colónias portuguesas.
-         Aumento do desemprego e aparecimento de uma crise económica.
-         A 19 de Setembro de 1975, José Pinheiro de Azevedo é nomeado Primeiro Ministro do 6º Governo Provisório.
-         Os confrontos entre populares e as ocupações agonizam-se, estando Portugal perto da guerra civil.
-         A 25 de Novembro de 1975 dá-se uma nova tentativa de golpe militar que foi contrariada pela força militar liderada pelo Coronel António dos Santos Ramalho Eanes que declarou de imediato o Estado de Emergência, tomando o controlo do MFA, COPCON e Comandos.
-         A 26 de Novembro de 1975, o COPCON é extinto e Otelo Saraiva de Carvalho é despromovido e preso.
-         Em Abril de 1976 é proclamada a nova Constituição
-         Em Julho de 1976 são realizadas as primeiras eleições livres para o parlamento em 50 anos.
-         A 23 de Julho de 1976 Mário Soares é eleito Primeiro Ministro numa coligação entre o Partido Socialista e o PPD/PSD (1976-1978).
-         Ramalho Eanes é eleito Presidente da República (1976-1980).

domingo, 10 de julho de 2011

Recriação Etnográfica e Histórica da Produção do Sal




Hoje, realizou-se nas Marinhas do Sal uma recriação etnográfica e histórica da produção do sal no século passado.
Uma excelente iniciativa que deu a conhecer todo o processo da produção do sal, desde a retirada da água do poço com o auxílio das picotas, até à venda/troca do sal. Como foi referido, só existem no mundo e em actividade, 3 salinas como esta, sem mar.
Mais uma vez, os promotores deste evento, Cooperativa Agrícola dos Produtores de Sal, Associação Recreativa, Cultural e Desportiva do Pé da Serra e das Aldeias do Sal, estão de parabéns.

Penso que as imagens dispensam qualquer comentário.
















Para saber mais sobre as salinas, consulte:
http://rio-maior-cidadania.blogspot.com/2010/06/salinas-de-rio-maior.html

Concurso 'Melhor Monte de Sal na Eira'

Realizou-se ontem, nas Marinhas do Sal, o concurso do ‘Melhor Monte de Sal na Eira’.
É importante manter as tradições e ficam de seguida algumas fotos dos Montes de Sal.
Começa-se, claro, pelo Monte vencedor.








Pode saber mais sobre as salinas em:
http://rio-maior-cidadania.blogspot.com/2010/06/salinas-de-rio-maior.html

sábado, 9 de julho de 2011

Passeio de Automóveis Antigos às Terras do Sal sem Mar.

Realiza-se neste fim-de-semana a 5ª Edição do Passeio de Carros Antigos às Terras de Sal sem Mar.

Este encontro é uma organização conjunta da Junta de Freguesia de Rio Maior e do Clube de Automóveis Antigos da Costa Azul e que neste ano contou também com a parceria da Freguesia de Alcobaça. O Passeio foi também incluído na programação da Festa dos Sabores do Sal.
Os carros começaram-se a concentrar no Jardim Municipal de Rio Maior a partir das 09:00, seguindo depois o percurso predefenido.
Esta amostra de carros antigos que contou com a participação de mais de duas dezenas de carros, trouxe a memória dos tempos em que os carros se diferenciavam pelas formas e que cada máquina era tratada individualmente e de forma personalizada. Estes carros estão em claro contraste com os carros de produção massificada dos dias de hoje, em que é difícil distinguir os carros uns dos outros.

De seguida, ficam algumas fotos da concentração dos carros:








Mais algumas fotos, agora com os carros a realizarem o seu percurso: