domingo, 3 de janeiro de 2010

Silos Medievais em Alcobertas

Os silos surgem pela necessidade que havia em conseguir conservar os alimentos por um período de tempo médio a longo. Assim guardavam-se os cereais nos anos de grandes colheitas e podia-se usar estes em períodos em que devido a questões climáticas ou de pragas as colheitas eram más.
Estes silos foram descobertos pela extracção que havia no local de saibro usado como argamassa na fabricação de adobes.
Um estudo efectuado por Afonso de Paço em 1959 revela que originalmente deveriam existir entre 80 a 100 silos. Actualmente existem 35 (29 abertos e 6 entulhados) de diversos formatos com profundidade entre os 141cm e 213,5cm, diâmetro máximo entre 104cm e 161cm e bocas entre os 39cm e os 65cms.
Devido aos fundos dos silos serem arredondados, achatados ou planos, fazem supor que alguns deles seriam usados para armazenar produtos diferentes dos cerais em contentores cerâmicos (como por exemplo talhas de azeite). No entanto, em todos os estudos efectuados aos silos nunca foi detectado nenhum espólio que determine quer o que era armazenado neles, quer a sua idade.
Alguns silos foram encontrados ainda com lajes de calcário que eram usadas como tampa que depois de cobertas com palha e argila impediriam a entrada de humidade ou animais. A drenagem das águas é boa pois os silos foram escavados ao longo da crista do maciço de grés.
Os silos medievais de Alcobertas constituem assim o maior conjunto de silos a céu aberto conhecido na Península Ibérica. O parque vedado no qual os silos se encontram está bem cuidado e com uma disposição dos elementos bem conseguida.






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