Em 1946 iniciou-se a exploração dos areeiros em Rio Maior.
Passados 70 anos põem-se a
questão do que fazer com estes espaços, ou seja como os requalificar.
O Plano Director Municipal (PDM)
de Rio Maior estabelece, no artigo 55º do seu regulamento, uma “área especial
de recuperação ambiental”, na qual está incluída a “área profundamente
degradada pela anterior exploração de areeiros, de características inadequadas”
à adjacência com a cidade de Rio Maior. O PDM estipula um plano de pormenor que
“deverá ter por objectivo, para além da definição de processos que tendam a
repor os equilíbrios ecológicos, a (sua) valorização paisagística e funcional”.
O PDM define que “não é permitida qualquer acção de edificação” no espaço em
questão.
Também consta do Plano
Estratégico de Rio Maior que “A requalificação e recuperação dos areeiros
permite a minimização do impacto da indústria de exploração de inertes
devolvendo às áreas exploradas a sua aptidão original e potenciando a sua
reutilização para as zonas de lazer e de recreio dentro do espaço urbano de Rio
Maior”.
Mas em Maio do ano passado (2014)
o Movimento Ecologista “Ar Puro” denuncia que uma das lagoas dos areeiros está
a ser aterrada pelo proprietário com o intuito de edificar na zona.
O assunto foi amplamente
comentado na comunicação social da altura.
Movimento Ecologista “Ar Puro” de
13 de Maio de 2014
“Maior TV” de 21 de Maio de 2014
Jornal “O Ribatejo” de 15 de
Julho de 2014
Jornal “Região de Rio Maior” de 16
de Julho de 2014
A 17 de Julho de 2014 a Câmara Municipal de Rio Maior vem
esclarecer a situação, revelando que o aterro realizado pelo actual
proprietário, Sr. Fernando Filipe Lindo, não possuía as licenças necessárias
para o efeito e que apesar deste terreno ser particular, não estava a respeitar
o PDM de Rio Maior.
Esclarecimento da Câmara Municipal
de Rio Maior de 17 de Julho de 2014:
O aterro parou e assim se manteve durante vários meses.
No entanto e com o realizar da 4ª
prova do troféu Yamaha em Rio Maior, na zona dos areeiros, voltou o continuar
do assoreamento das lagoas. O Movimento “Ar Puro” voltou a denunciar a
situação.
Movimento Ecologista “Ar Puro” de
23 de Junho de 2014
A destruição das
lagoas, o aterro e a terraplanagem das novas deposições até ao nível da
estrada, não parou com o final da prova. Pelo contrário foram intensificadas ao
longo da última semana.
Ontem era bem visível o aumento
da zona assoreada, bem como a presença de um carro de limpeza a remover as
areias e terras existentes na via pública que o constante movimento de camiões
provocou.
Penso que o que é necessário é
definir a situação. Se é ilegal o que se está a fazer, então o aterro deve se
ser parado, a destruição das condições originais deve de ser minimizada e os
responsáveis devem de ser julgados. Se é legal o que se está a fazer, os
responsáveis camarários devem de esclarecer o que mudou do ano passado para
este, para que não existam suspeitas sobre o que se está a passar nesta zona da
cidade.
Boa noite! Hoje verifiquei que o aterro continua a ser realizado. Já houve algum tipo de esclarecimento?
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