Algar é uma cavidade natural de desenvolvimento predominantemente vertical. O termo tem origem árabe, Al-gar.
Na Serra dos Candeeiros, os algares têm normalmente a forma de poço, pois derivam da dissolução do calcário na vertical.
Na Serra dos Candeeiros, os algares têm normalmente a forma de poço, pois derivam da dissolução do calcário na vertical.
Os algares são locais óptimos para a nidificação de aves como a gralha-de-bico-vermelho pois formam um microclima húmido e de temperatura constante que funciona como incubadora natural. De referir que a incubação da gralha demora 18 dias e o abandono do ninho ocorre cerca de 38 dias após o nascimento.
A boa manutenção dos algares é muito importante para a preservação da gralha-de-bico-vermelho pois esta ave não costuma migrar e é bastante fiel aos locais onde cria.
Perto do Cruzeiro na Serra dos Candeeiros, encontra-se um dos maiores algares desta zona, conhecido como Algar do Cruzeiro. Este algar não tem grande relevância geológica, possui cerca de 2 metros de profundidade, mas o seu relevo advêm de um casal de gralha-de-bico-vermelho costumar nidificar numa das suas fendas.
Como a Serra dos Candeeiros é muito seca à superfície, os algares ou reentrâncias em rochas, eram usados para reter água, através da sua impermeabilização e cobertura. Assim sendo estas cavidades também foram essenciais para a fixação de pessoas e animais na Serra.
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