A ausência de água à superfície em grande parte da Serra dos Candeeiros, levou a que os seus habitantes tivessem que recorrer a reservatórios de água (cisternas) para poderem ter água durante todo o ano (isto claro antes da água canalizada). Devido à natureza calcária da serra era inútil abrir poços, logo o único meio de se ter água era retendo a água da chuva.
A água era então considerado um bem precioso e utilizada apenas para o essencial do dia-a-dia das famílias (incluindo animais). Dada a sua importância, algumas aldeias possuíam mesmo cisternas comunitárias.
Para a construção das cisternas aproveitava-se pequenos algares ou depressões rochosas ou então tinha-se de as construir de raiz. As cisternas eram sempre tapadas para evitar que a água se sujasse, evaporasse ou ainda houvesse o aparecimento de algas com os inevitáveis insectos. Para a impermeabilização era tradicionalmente usada uma mistura de azeite e cal.
Engenhosa é a forma usada para encaminhar a água dos telhados para a cisterna que recorria a caleiras ou então a pequenas reentrâncias nas paredes ou muros.
Estes autênticos elementos de arquitectura rural podem ser observados em Casais Monizes ou então em Chãos.
Em Chãos a Cooperativa Terra Chã tem promovido a recuperação e revitalização das estruturas do património rural nas quais as cisternas se incluem.
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