Dia de Bom Verão
O dia de Bom Verão realiza-se nas Bocas, no Domingo de Pascoela. Antigamente realizava-se na 2ªfeira de Pascoela, mas mudou para o Domingo para coincidir com o dia de descanso semanal.
Neste ano, o dia de Bom Verão coincidiu com o Dia da Mãe e também com o Dia Mundial do Trabalhador por se realizar no 1º de Maio.
Esta tradicional romaria costumava reunir centenas de famílias que se deslocavam às Bocas com os seus farnéis e merendas, havendo sempre muita animação, com música e jogos populares.
Esta tradição esteve em risco de se perder, mas a Junta de Freguesia de Rio Maior, conjuntamente com os Bombeiros Voluntários de Rio Maior e outras entidades, decidiram dar continuidade a este projecto e actualmente é já uma aposta ganha, pois têm aderido à iniciativa cada vez mais pessoas que nos últimos anos têm passado nas Bocas um dia muito agradável.
Faz parte da cultura cívica de um povo a adesão e participação em actividades conjuntas, para além de ser um bom motivo, ainda por cima gratuito, para se desligar a televisão e passar uns momentos em comunhão com a natureza.
Mas então, porque é que se realiza esta romaria nas Bocas e o que é o dia do Bom Verão?
O local Bocas é uma área muito aprazível e pitoresca por se encontrar numa garganta do maciço calcário e por estar a poucos metros das principais exsurgências do rio Maior. Em toda esta área encontraram-se inúmeros vestígios de ocupação humana que se podem datar desde a época do Paleolítico Inferior até ao Período Romano. Devido à importância dos vestígios aqui encontrados, como restos de porcelana, vaso cerimonial em bronze e a própria Ninfa Fontaneira descoberta na Villa Romana, é de crer que este local servisse de culto a divindades ligadas à água.
Assim, acredita-se que o dia do Bom Verão representa ainda os resquícios de um culto aquático de origem pagã, embora também possa estar relacionado com o Equinócio de Primavera, que resulta num período de renovação da natureza.
Pode saber mais sobre o dia de Bom Verão no artigo realizado pelo arqueólogo Carlos Pereira para o jornal ‘o Riomaiorense’ em 07 de Abril de 1994.
Este ano havia a previsão de muita chuva e isso deve ter afastado a comparência de algumas pessoas, mas as que lá estiveram, puderam apreciar o sol que chegou a aquecer a tarde e a permitir muitas diversões. Só ao final do dia é que a chuva apareceu e com muita intensidade.
O dia começou com um percurso pedestre com partida na Junta de Freguesia de Rio Maior, numa extensão de cerca de 7 km. Esta caminhada foi organizada pela Junta de Freguesia e pelo Clube do Mato. Pode saber mais sobre o Clube do Mato em:
Já nas Bocas, a animação esteve sempre presente, com muita música, insufláveis, actividades radicais e jogos tradicionais. Nem o bacalhau no cimo do poste ensebado faltou. A represa que fizeram também permitiu um melhor uso das águas do rio.
À tarde houve uma aula prática de Yôga dada pelo mestre António Fróis Rafael, acompanhado por um empenhado grupo de alunos e curiosos. Pode saber mais sobre o Yôga em Rio Maior em:
O grupo musical ‘Paulo Holandês’ fez a animação musical e o evento estava previsto ser encerrado pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior. Pode saber mais sobre os Bombeiros Voluntários de Rio Maior em:
Ficam de seguida várias fotos tiradas hoje.
Para o ano, apareça, pois vale a pena.
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