terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Marcos Quilométricos

Por definição, Marco Quilométrico é uma pedra ou estaca usada nas estradas para indicar distâncias em quilómetros em relação a um ponto de referência.

O Marco Quilométrico era feito de cimento e tinha aproximadamente as seguintes dimensões:
Peso:                    188Kg
Altura:                  900mm
Comprimento:   Base 400mm      Corpo 350mm
Largura:               Base 275mm      Corpo 250mm

 
O Marco Hectométrico também era feita de cimento com as seguintes dimensões:
Peso:                    19Kg
Altura:                  400mm
Comprimento:   150mm
Largura:               150mm

 
Já não fazem parte da Sinalização Rodoviária, mas foram úteis antes da era do GPS. Hoje em dia usa-se os sinais complementares metálicos para esta função. Os de cimento devem de ser preservados e bem tratados já que ainda continuam a ser úteis para muitos utentes da nossa rede rodoviária.

 
Qual a origem dos marcos quilométricos?
Temos que recuar até à época do Império Romano. Os romanos foram os grandes construtores de estradas, começando em 312 A.C. com a via Ápia (via que liga Roma a Brindisi) e à medida que iam conquistando terras, iam construindo estradas. Chegaram a ter uma rede de 350.000Km de estradas. Para os utentes destas estradas saberem aonde estavam, os romanos começaram a usar sinalizações, os miliários. Os miliários eram os marcos colocados ao longo das estradas romanas, em intervalos de cerca de 1480 metros e em forma de coluna na qual estava inscrito o número da milha da estrada em questão.

Principais vias de comunicação em Rio maior.

A EN1 é uma estrada que integra a rede nacional de estradas de Portugal. Entre 1945 e 1985 assumiu o papel de principal via de comunicação entre a região Norte e Sul de Portugal. Actualmente vários troços desta via foram convertidos em via expresso, como acontece em Rio Maior, tomando aí a designação de IC2. Em 1961 com a inauguração do primeiro troço de autoestrada com 26Km entre Lisboa e Vila Franca de Xira, a N1 passou a ser designada por N10 e para deixar a designação N1 para a auto-estrada, já que não havia numeração distinta para este tipo de via. Posteriormente a auto-estrada passou a se designar por A1, mas a N1 continua a ter o início em Vila Franca de Xira e o término em Vila Nova de Gaia.

A EN114 também integra a rede nacional de estradas de Portugal. Faz a ligação entre o Cabo Carvoeiro (Peniche) e Évora. Passa por muitas terras como Óbidos, Caldas da Rainha, Rio Maior, Santarém e Coruche.

A EN361 faz igualmente parte da rede nacional de estradas de Portugal. Antigamente tinha a designação de Estrada Regional. Faz a ligação entre a Lourinhã e Alcanena. A estrada tem algumas descontinuidades de percurso, como em Rio Maior que entronca na EN114 e depois na EN1. Passa por várias terras como Bombarral, Cadaval e Rio Maior. A ER361 refere-se somente à ligação entre Rio Maior e Alcanena, passando por Fráguas, Alcanede e Monsanto.

Para finalizar, dever-se-ia ter algum cuidado ao se pintar os marcos quilométricos, pois neste caso, não se respeitou a marcação original. No marco está gravado na face virada para a estrada a referência da estrada ‘E.N. 114’ e na face virada para quem vem de Rio Maior ’51; S. João 11; Ribeira 7; Santarém 26’. 51 é a distância ao Cabo Carvoeiro. Esta informação ficou tapada por baixo de uma camada de tinta, toda bonita, mas que em nada respeita a informação original.

2 comentários:

  1. Na realidade, a nova pintura seguiu o regulamento de 1998, sendo a tipologia que está em vigor...

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  2. Deveriam ter criado um marco especial para as antigas estradas nacionais de 1 classe de 1 a 18.

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