segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fernando António Duarte - Cinéfilo

Fernando Duarte.
 
Fernando António Duarte nasceu em Rio Maior em 28 de Julho de 1928. Os pais foram António da Conceição Duarte (1897-1971) e Cacilda da Fonseca Esperança (1885-1958).
Frequentou o liceu em Santarém e seguiu a carreira de Solicitador Judicial
Destacou-se no cinema com artigos, críticas e filmografias. Fundou e dirigiu diversas revistas.



 
Fundou em 1952 o primeiro cineclube do país fora das grandes cidades (Lisboa, Porto e Coimbra), em Rio Maior.
Na imprensa, colaborou com inúmeras publicações regionais, dentro e fora do concelho de Rio Maior como o ‘Concelho de Rio Maior’, Gazeta do Sul’, ‘Comarca de Alcobaça, etc. Em 1948 foi um dos fundadores do jornal ‘O Riomaiorense’. Foi director também de jornais como ‘Jornal de Rio Maior’, ‘Jornal da Marinha Grande’, ‘Recorte’ e ‘Selecção’.
Em 1951, publicou um estudo sobre a história local, ‘Rio Maior – Estudo da Vila e seu concelho’. Nesse mesmo ano criou o primeiro programa semanal de cinema na Rádio Ribatejo.
Em 1953 fundou e dirigiu a revista ‘Visor’ e em 1957 fundou e também dirigiu a revista ‘Celulóide’
Em 1960 realizou o documentário ‘Sal sem Mar’ e posteriormente vários outros filmes experimentais.
Fundou em 1967 o ‘Ribatejo Ilustrado’ do qual foi director. Foi director do ‘Diário do Ribatejo’ desde o seu início em 28 de Novembro de 1967, chegando também a ser dirigente do ‘Diário Feminino’ em 1970.
Entre 1979 e 1982, Fernando Duarte publicou na revista ‘Ribatejo Ilustrado’ vários artigos sobre Rio Maior que depois os compilou num excelente livro o ‘História de Rio Maior’. Neste livro fala-se sobre quase tudo o que se relaciona com Rio Maior, fazendo-se uma síntese histórica das origens até 1900 e a evolução desde 1900 até 1979.
Participou em vários festivais do cinema e foi director do Festival Internacional do Cinema de Santarém desde a sua criação em 1971.
Colaborou na Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, da Editorial Verbo.
Faleceu a 24 de Julho de 1985
Após o seu falecimento, na cessão da Câmara Municipal de Rio Maior de 06 de Agosto de 1985 foi aprovada por unanimidade a atribuição do seu nome a uma rua da cidade.

 
O busto de Fernando Duarte foi colocado no ‘foyer’ do Cineteatro de Rio Maior, como homenagem a quem tanto deu para o desenvolvimento do cinema em Rio Maior. A execução deste busto foi de autoria do escultor Armando Ferreira.

Vários exemplos de publicações de Fernando Duarte.






Fernando Duarte publicou vários livros e opúsculos:
1951 – ‘Rio Maior – Estudo da Vila e seu concelho’
1952 – ‘Bases Teóricas do cinema’
1954 – ‘Cinema proibido’
1956 – ‘História do cinema’
1960 – ‘ Primitivos do Cinema Português’
1961 – ‘Boria Pasternak’
1961 – ‘Jean-Paul Sartre’
1961 – ‘Eça de Queiroz’
1962 – ‘Françoise Sagan’
1962 – ‘Trindade Coelho’
1962 – ‘Ernest Hemingway’
1962 – ‘Adolfo Hitler’
1963 – ‘Leão Toistoi’
1963 – ‘Júlio Dinis’
1964 – ‘Aquilino Ribeiro’
1964 – ‘Pablo Picasso’
1964 – ‘Robert Brasillach’
1964 – ‘Almeida Garrett’
1965 – ‘Cinema e Erotismo’
1965 – ‘Greta Garbo’
1965 – ‘Máximo Gorki’
1965 – ‘Shakespeare’
1966 – ‘Paulo Rocha e o novo cinema português’
1967 – ‘Camilo Castelo Branco’
1972 – ‘Adolfo Coelho e o cinema Português Agrícola e de Ambiente Rural’
1973 – ‘O Cinema de Temática Rural e o Documentário Agrícola’
1974 – ‘Leitão de Barros’
1975 – ‘Manuel Guimarães’
1976 – ‘Elementos para a História do Cinema Português’
1977 – ‘Marinhas do Sal de Rio Maior – Oito Séculos de História: 1177-1977’
1977 – ‘Pequena História do Cine-Clube de Rio Maior’
1977 – ‘Cinema, Agricultura e Extensão Rural’
1977 – ‘Apontamentos para uma biografia de Arthur Duarte’
1977 – ‘Alexandre Herculano’
1978 – ‘Charles Chaplin’
1978 – ‘Apontamentos para uma história do Cinema Português que não se fez’
1979 – ‘Howard Winchester Hawks – A vida e os filmes de um realizador americano’
1979 – ‘Manuel Luis Vieira e Reinaldo Ferreira – Repórter X’

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