quarta-feira, 30 de março de 2011

Centro de Saúde de Rio Maior

O Centro de Saúde Dr.ª Maria Laudelina Barbosa foi projectado em 1978 pelo arquitecto José Bruschy, sendo que a conclusão da obra ocorreu em 1982. De referir que o Centro de Saúde foi projectado para uma população alvo de 25.000 habitantes.
Este foi o primeiro equipamento de saúde realizado em Rio Maior pela administração central e veio melhorar em muito as condições de acesso à assistência médica dos riomaiorenses.

Como se pode observar pela imagem aérea da zona, o centro de saúde de Rio Maior tem uma arquitectura que permite dividir o edifício em várias alas, bem iluminadas e de muito fácil passagem entre elas. A opção por um edifício só com um piso, permite uma boa acessibilidade a todos e evita gastos energéticos com elevadores.
Já neste ano de 2011, o centro foi reorganizado num novo modelo de Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES).
O Centro de Saúde passou a possuir duas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) com 25.000 utentes no total (uma com 12.000 e outra com 13.000), funcionando entre as 08:00 e as 20:00.
Entre as 20:00 e as 24:00 os utentes podem contar com o Atendimento Complementar (AC).
Em Fevereiro entrou também em funcionamento a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC), funcionando nos dias úteis entre as 09:00 e as 20:00 e nos outros dias entre as 09:00 e as 13:00. Esta unidade presta cuidados de saúde e apoio social e psicológico num serviço domiciliário e comunitário de forma a fazer chegar o apoio a todos.

Apesar dos seus quase 30 anos, o Centro de Saúde ainda se encontra com boas condições de operacionalidade.
A entrada principal é que merecia um outro arranjo, pois não fora a placa a indicar o Centro de Saúde, pareceria que era o acesso a um eucaliptal.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Paragem da Rodoviária em Azinheira

Na Azinheira, existe uma paragem da rodoviária com um pequeno painel de azulejo no seu interior.
O painel é alusivo ao Santo António, o padroeiro da terra.

O jardim que existe nas traseiras desta paragem está cuidado e possui uma placa de agradecimento a Silvino Sequeira e António Marcelino, respectivamente Presidente da Câmara Municipal e Presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior em 1993.
Este agradecimento público da população de Azinheira pelos melhoramentos efectuados na localidade ocorreu a 19 de Dezembro de 1993.

domingo, 27 de março de 2011

Cemitério de Azambujeira

O Cemitério da Freguesia de Azambujeira é bastante antigo.
Uma das últimas obras realizadas, que foi a realização do segundo alargamento, ocorreu entre 1989 e 1993.
Existe uma capela mortuária brasonada, datada de 1862. Este jazigo, pertenceu à família Campos que era proprietária das Quintas do Carvalhal.
O brasão consiste num escudo com os símbolos do leão, de uma torre e de faixas. O escudo está ladeado por cornucópias e por cima existe um elmo encimado por o que parece ser um leão.
Existem também várias campas bastante antigas como as duas da fotografia nas quais estão sepultados Amália da Conceição nascida em 1878 e Germano de Carvalho nascido em 1870.


Em 1954, quando ocorreram obras para alargamento do cemitério, demoliu-se o que restava da capela Mor da primitiva igreja de Azambujeira, construída em 1276 e dedicada a Santa Luzia. As pedras, cantarias e restos dos arcos, encontravam-se até à pouco tempo em paletes em frente da casa senhorial.

Como curiosidade, no caminho para o cemitério, havia um carrapiteiro sem espinhos. Esta planta foi arrancada para facilitar a construção de uma casa, mas o facto de não ter espinhos, era motivo de admiração e devoção pelas pessoas mais antigas que consideravam o feito, obra de um milagre. Para quem não saiba, carrapiteiro designa uma roseira brava (esta definição encontrei-a no Apostilas aos dicionários portugueses de A.R.Goncalvez Viana, de 1906, onde se pode ler que carrapiteiro «designa, no Riba-Tejo, a roseira brava»).


sábado, 19 de março de 2011

Fontes em Ribeira de São João.

A fonte que existe no parque de merendas da Ribeira de São João vai buscar a água à fonte original que se situa uns metros mais acima. Na foto consegue-se ver essa fonte que fica na terminação esquerda do telhado da fonte do parque.
Vendo-se agora a imagem da fonte original, compreende-se a razão de no parque de merendas existir um aviso de ‘Qualidade de Água não controlada’. É uma pena num parque de merendas não se poder beber da fonte e pode ser um problema de saúde pública, pois quando a sede aperta recorre-se à água que está mais perto e nada garante que quem usa o parque saiba ler. Talvez fosse uma boa ideia controlar a qualidade da água.

A fonte seguinte é conhecida como Fonte do Vale da Rosa devido à localidade em que está inserida.
É uma fonte muito antiga e que até à pouco tempo era muito procurada devido à qualidade da sua água.
Foi reconstruída em 24 de Agosto de 1966 e para chegar a ela passa-se por uma simpática calçada ladeada por árvores de pequeno porte.
Pena é haver muitas silvas no caminho e não haver nenhuma indicação na fonte que garanta a qualidade da água que aí brota.
Fica de seguida uma foto da fonte antes da reconstrução de 1966.

Esta imagem foi retirada do artigo ‘Rainha de Sam Joam é o seu nome’ e pode ser consultado em:
http://www.parm-riomaior.com/pdf/RainhadeSamJoam.pdf

Em 2013 a fonte da Rosa sofreu novamente obras de beneficiação que podem ser consultadas em:
http://rio-maior-cidadania.blogspot.pt/2013/10/fonte-da-rosa-em-ribeira-de-s-joao.html

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fontes em São João da Ribeira



Fontes de águas subterrâneas em São João da Ribeira.
Estas fontes embora nos dias de hoje com a água canalizada tenham perdido a sua função, devem de ser preservadas, pois para além do bem material que constituem, são um legado dos nossos antepassados que deve ser passado às descendências futuras.

A primeira das três fontes que vou referir neste artigo é conhecida como fonte Cidália.
Esta fonte encontra-se em terrenos privados, mas é de uso público.
Parte dos muros ruíram e recentemente a Junta de Freguesia reparou-os.
A próxima fonte encontra-se em Cabeça Gorda e é conhecida como Fonte do Largo do Rato.
A fonte também tem sido alvo de intervenção, pois fica a escassos metros do centro da localidade.
A água que sai da fonte é canalizada para um tanque que fica poucos metros mais a baixo e é conhecido por piscinas.



Por último refiro a Fonte da Igreja.
Esta fonte fica uns poucos de metros mais abaixo da Igreja Matriz, logo após o riacho.
Esta fonte de mergulho é do séc. XIX e ainda mantém uma traça bastante antiga e vê-se que já foi usada como lugar de lazer.
Hoje em dia a envolvente não está bem cuidada e o acesso à fonte encontra-se alagado.

Estas três fontes encontram-se pouco cuidadas, para não dizer abandonadas. Com esta afirmação não quero ignorar o esforço que tem sido feito pela Junta de Freguesia para que elas não desapareçam, mas penso que se poderia fazer mais e melhor.
Como locais públicos que são, também não se deveria ignorar os perigos que podem incorrer a quem a elas queira aceder, pois não se encontram bem sinalizadas nem protegidas.
Por último, deve-se fazer análises às águas para se saber da sua boa qualidade, ou não. Caso a água não seja própria para consumo deveria de haver uma placa informativa.

terça-feira, 15 de março de 2011

H2O - Associação de Jovens de Arrouquelas

H2O – Associação de Jovens de Arrouquelas.

 Tive um encontro com Alexandre Jacinto, o presidente da Associação, com o objectivo de divulgar a “H2O” neste blog.
O resultado desta ‘entrevista’ ultrapassa em muito a história da “H2O” e mostra como com iniciativa, uma pequena Associação, numa pequena terra pode ser reconhecida e ouvida não só no Concelho, mas no Mundo. Vendo o plano de actividades para os próximos 5 meses, verifica-se que a “H2O” vai realizar projectos em 6 países diferentes (Macedónia, República Checa, Albânia, Sérvia, Bulgária e Letónia).
O texto que de seguida vou reproduzir, resultou do encontro já referido com o Alexandre Jacinto e, mais do que um resumo histórico, é uma lição para que os jovens se mantenham activos, pois com bom trabalho, boas iniciativas e perseverança, não existem limites.

Tudo começou com a pergunta ‘Como surgiu o nome “H2O” para a associação?’
Citando Alexandre Jacinto:
Com o nascimento da associação, sentimos a necessidade de arranjar um nome que nos diferenciasse e “H2O” que sendo um nome original, significa origem, e naquela altura estava directamente relacionado com as nossas actividades, muito direccionadas para o meio ambiente e descidas de rios em canoas.

Em 1996 um grupo de 13 jovens Arrouquelenses mergulhava num enorme desafio, quer pela organização quer pela realização da actividade propriamente dita.
A aventura era descer o Rio Tejo da fronteira até Santarém. Foram cerca de 10 dias de aventura e convivência que fortaleceu o espírito de equipa e os laços de amizades, o que levaria à formação da associação. Em 7 de Fevereiro de 1997 era publicado oficialmente em Diário da República a criação da “H2O” – Associação de Jovens de Arrouquelas, com os seguintes objectivos:
- Promover e desenvolver actividades sociais, educativas, culturais e desportivas, com o objectivo de ocupar o tempo livre dos jovens;
- Desenvolver projectos e actividades de interesse local, em estreita colaboração com o poder local, associações ou outras pessoas;
- Defender o meio ambiente e lutar pela preservação da natureza, com especial incidência sobre a preservação da água;
- Defender e valorizar o património da Freguesia.

De início, a “H2O” estaria muito direccionada para a comunidade de Arrouquelas, mas desde cedo a nossa associação atravessou os limites da freguesia, do concelho, depois do distrito, do País e da Europa. Como tal, acolhemos sempre quem se pretenda envolver neste trabalho honroso que é pertencer a uma associação. Nomeadamente, desde que iniciámos as nossas actividades num plano internacional, tentámos sempre envolver outras organizações do nosso concelho e da nossa região, dinamizando diversas parcerias.
Inicialmente a vontade foi enorme, com grande motivação, o que levou a “H2O” a crescer e a tornar-se numa das organizações mais reconhecidas do Distrito de Santarém, com referência em vários jornais locais. Um dia o Sr. Eugénio Ferreira Vivo, que gostava de ver nos jornais as referências positivas da sua terra, pela dinâmica demonstrada pelos seus jovens, fez-nos um desafio: cedeu-nos um curral de cabras que não usava para que nós nos pudessemos reunir e guardar as nossas coisas.
Assim em 1999 pusemos mãos à obra, restaurando esse curral de cabras. Com a ajuda de muitas pessoas, entidades e muito esforço dos dirigentes e sócios da associação, em 2003 inaugurámos a nossa sede com a presença do secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins. Seria a primeira vez que tão alto cargo do governo visitava a freguesia de Arrouquelas. Na nossa sede, que é pequena, conseguimos meter lá dentro as nossas grandes ambições, tornando a associação mais forte e empenhada nos seus projectos e actividades que pautaram pelo desafio e exigência. A sede está cedida à “H2O” através de um contrato de comodato mantido mesmo após o falecimento do Ti Eugénio (como lhe chamávamos) pelos seus herdeiros. Nós agradecemos a confiança depositada. Este gesto estará sempre associado à história da associação.
Ao longo dos anos as actividades foram crescendo, tocando várias áreas de acção, sempre viradas para as questões ambientais e culturais, com uma metodologia assente na educação não formal. Ao longo dos anos o envolvimento dos mais jovens foi uma constante, tendo a “H2O” por várias vezes assumido a ocupação das crianças no período escolar, intervindo tanto fora da escola como dentro da própria escola de Arrouquelas, pois acreditamos que faz todo o sentido e é aí que o movimento associativo deve estar e ser promovido.

Não haverá dúvidas de que o que ficou na memória em questão de actividades foram as descidas de todos os rios nacionais e a participação na épica prova de canoagem em Espanha, “Descida do Sella”, onde se reuniram mais de 2.000 canoistas de todo o mundo e onde a H2O com os seus 30 participantes constituiu uma das maiores representações do evento.
Também ficou na memória a grande prova de carrinhos de rolamentos que fizemos e que trouxe à nossa terra a rádio Nacional Antena 3, que transmitiu em directo debaixo de uma oliveira um programa de 2 horas.
Outras actividades importantes foram a participação das nossas crianças no Natal do Hospital da Marinha com uma peça de teatro, peça essa que seria representada para toda a população acompanhada por um espectáculo de luz e som na rua. Ou a realização pela “H2O” do maior presépio do distrito, com 4 metros de altura e 12 de comprimento.
É também em grande parte da responsabilidade da “H2O” o início da reforma do património mais valoroso de Arrouquelas, a nossa Igreja Matriz. Primeiro tentámos arranjar a parte envolvente da Igreja, passando depois à remoção de equipamentos existentes em redor da mesma, uma situação que não seria consensual na nossa comunidade, mas que veio a confirmar-se correcta e necessária, pelo que a nossa igreja é hoje uma das mais bonitas do concelho de Rio Maior. A “H2O”, que desde sempre contribuiu para a valorização deste património, continua a fazê-lo responsabilizando-se pela iluminação da igreja em períodos festivos.
E ao longo de 14 anos de actividades, pouca coisa ficou por realizar. Dinamizámos a vivência associativa, e nas reuniões e representações em que participámos, a opinião da “H2O” e a sua experiência no movimento associativo são respeitadas.
A “H2O” é a única associação do Distrito de Santarém com dois projectos alvo do Alto Patrocínio do Presidente da República, um alto galardão de reconhecimento das nossas actividades, conseguidos em 2000 e 2001. Em 2008, pelo Sr. Primeiro Ministro José Sócrates e pelo Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, recebemos um Alto Patrocínio para um projecto de intercâmbio.
Lembro-me agora de que o primeiro vidrão existente nas freguesias do concelho de Rio Maior nasceu em Arrouquelas, pela mão da “H2O”.
Em 2005 demos um grande passo em frente, iniciámos a nossa participação em projectos internacionais, como organização de envio e organização acolhedora. A partir daqui iniciámos um novo caminho virado para a Europa e para parcerias internacionais. Podemos dizer que até hoje a “H2O” já esteve em praticamente todos os países europeus, proporcionando experiências únicas aos seus jovens. Estas actividades levaram-nos a ter relacionamentos com inúmeros parceiros um pouco por toda a Europa. Seria também um projecto Europeu que levaria o Secretário do Desporto e Juventude a visitar Arrouquelas por ocasião de um intercâmbio internacional.
É em 2007 que organizámos talvez o projecto mais ambicioso e grandioso da “H2O”, o ‘European Citizenship by the Sea we Learn’, um projecto de intercâmbio internacional, envolvendo 70 jovens de 10 países a bordo do Navio Creoula. Um projecto que exigiu um grande trabalho de equipa de toda a direcção da H2O, tendo no entanto sido recompensada, pois foi considerado um dos melhores 5 intercâmbios de 2006/2007 em toda a Europa, levando representantes da H2O a Bruxelas para a cerimónia de entrega de prémios.
Como foi dito tentámos sempre levar as nossas actividades fora dos limites da nossa freguesia, pelo que a “H2O” é talvez a única associação da região que mantém uma regularidade na dinamização de actividades na sede do concelho, nomeadamente nas escolas. Em 2008, nas comemorações do nosso aniversário organizámos um concerto de beneficência em prol dos utilizadores do centro de ensino especial “ O Ninho” com a famosa Banda da Armada.

Actualmente a “H2O” é muito solicitada pelos parceiros internacionais pelo que fazemos desta relação uma das nossas actividades predominantes, sem esquecer no entanto os OTL´s, férias em movimento, dinamização cultural e formação. Acima de tudo queremos ser um espaço para a irreverência e criatividade. Apesar das dificuldades que existem, mas que nós vemos como desafios, nunca baixámos os braços. Sabemos que os níveis de motivação nem sempre são os mesmos e é aqui que sentimos mais dificuldades, pois a “H2O” cresceu, apetrechando-se de tudo o que faz falta para fazer um bom trabalho associativo, desde materiais, financiamentos, imagem, espaços, etc.., mas, continuamos a combater alguma desmotivação das gerações mais novas para esta causa que é o movimento associativo. No entanto mantemo-nos com força e confiantes de que estamos a fazer um trabalho digno e importante, que valoriza a nossa comunidade e nós próprios, pelas inúmeras experiências positivas que nos proporcionou, e que temos a certeza que doutra forma mais individualista seriam impossíveis de concretizar. O que nos fortalece é saber que várias das tarefas em que estamos envolvidos são difíceis, perto do impossível, mas que as conseguimos concretizar, tendo a perfeita noção da importância do nosso trabalho.
Todos os projectos e actividades são pensados essencialmente para atenuar e resolver necessidades visíveis dos nossos jovens, em particular, mas de toda a população em geral. Quando os objectivos são conseguidos, nós, os organizadores, temos uma grande recompensa, pois apesar de o trabalho na organização das mesmas poder ter durado dias, semanas, ou mesmo meses, o que fica é o sentimento de dever cumprido e o enriquecimento pessoal dos envolvidos.

O plano para o futuro é manter o nosso empenho e chegar cada vez mais longe, continuando com os nossos projectos, objectivos e metodologias, pois temos vindo a atingir grandes metas deste modo.

Resta deixar os contactos da H2O:
Site    http://www.h2o.pt/
Email  h2o@h2o.org.pt

Nota: Este artigo foi realizado tendo por base a experiência de Alexandre Jacinto e ambos estamos de acordo que seria enriquecedor se outros dirigentes, colaboradores ou pessoas que se relacionam com a H2O deixassem aqui o seu comentário sobre a sua visão da associação, acontecimentos marcantes ou simplesmente opiniões. Este artigo fica mais completo com o partilhar de experiências.

terça-feira, 8 de março de 2011

Pontão dos Carvalhais em São João da Ribeira

Desde 23 de Dezembro de 2009 que o acesso a Carvalhais em São João da Ribeira se faz por uma ponte improvisada de madeira.
As intempéries ocorridas nesse dia de 2009 provocaram a derrocada do pontão que dava acesso a Carvalhais. Felizmente ninguém se magoou e não existe habitação permanente neste Casal, mas sem a ponte as casas e terrenos agrícolas ficaram isolados.
No Diário da República de 29 de Outubro de 2010 saiu a adjudicação da obra e nesta altura já decorrem as obras de construção do novo pontão.
As obras têm uma duração prevista de 60 dias e irão custar 61.503,00€.
Vale a pena esperar embora as obras devessem de ter sido mais céleres.

domingo, 6 de março de 2011

Carnaval nocturno em Rio Maior

Ontem à noite realizou-se em Rio Maior um corso carnavalesco nocturno que teve início por volta das 22 horas.
A última edição de um corso, foi em 1973 (ainda na época do antigo regime) e nessa altura vinham a Rio Maior várias centenas de visitantes para entrar na folia do carnaval.
Este ano as pessoas voltaram a aderir à iniciativa e o desfile de carros alegóricos e de grupos de foliões esteve bastante animado, mesmo com a chuva que fez a sua aparição mas que não desmobilizou ninguém.
O carnaval não se desvirtuou, mantendo o estilo tipicamente português com alegorias ao trabalho do campo, lavadeiras, religião, discoteca, grupos militarizados, palhaços, circo e muito mais. Não faltou a referência à famosa reportagem de Fernando Pessa sobre ‘O Leão de Rio Maior’ de 1972.
Foi uma boa iniciativa, que apresentou um carnaval português, mas de uma maneira diferente por ser nocturno.







Junto também uma imagem antiga do carnaval em Rio Maior há umas décadas atrás.
Esta imagem foi retirada da Internet.

sábado, 5 de março de 2011

Tradição Carnavalesca em Arrouquelas

Em Arrouquelas existe uma tradição aliada ao Carnaval que apesar de muito antiga ainda perdura nos nossos dias.
A tradição consiste nos jovens de Arrouquelas irem 'roubar' os carros (agora chamados de carroças) e os juntarem num dos largos da localidade. Este 'assalto' ocorre todos os anos na noite de sexta-feira para Sábado que precede o Carnaval.
O difícil nos nossos dias é ainda se conseguir encontrar as carroças, mas elas vão aparecendo, como mostra a figura seguinte.
É Carnaval, ninguém leva a mal.

Segundo a lenda, esta tradição está relacionada com o facto de os cristãos terem conseguido expulsar os mouros indo pela calada da noite roubar os seus valiosos instrumentos de trabalho, como os burros e as carroças.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Capela de Arco da Memória

A capela de Arco da Memória foi inaugurada a 2 de Julho de 1978.
A obra resulta do esforço do povo da terra, mas também dos lugares vizinhos.
No dia da inauguração esteve presente o primeiro Bispo de Santarém, D. António Francisco Marques.


 No largo da igreja, existe ainda um fontanário, com um painel de azulejos dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cabeço de São Gens em São João da Ribeira

O Monte de São Gens também é conhecido como Cabeço de São Gens.

Segundo se supõem, na época em que os Mouros eram donos destas terras, São João da Ribeira seria um aduar mourisco, sendo mesmo o centro mais populoso da antiga província de Belatha (Batalha). O centro da população (pelo menos de refúgio) seria no monte de São Gens e a Torre Mourisca seria um ponto de vigia contra incursões dos alcaides dos castelos de Alcanede ou mesmo de Porto de Mós.
Claro que este lugar está carregado de lendas e a mais impressionante é a que está relatada num dos painéis do fontanário que existe junto ao largo da igreja matriz, onde está escrito: ‘Reza a lenda que no cabeço de S. Gens estão enterrados dois potes, um com ouro e o outro com peste. Quem os abrir tanto pode ficar rico ou morrer’.


No cimo do cabeço existe um telheiro com mesas e cadeiras de modo a se poder fazer um bom pick-nick nos dias quentes de Verão.
O que o lugar actualmente tem de melhor é sem dúvida a vista.



São Gens pode referir-se a três personagens (penso que o nome é devido à primeira personagem):
  1. São Gens de Roma que viveu no tempo do imperador romano Diocleciano (finais do séc. II), era actor e numa actuação em que representava de forma jocosa um cristão a receber o Baptismo, recebeu a graça da fé e declarou-se aí mesmo cristão. Acabou decapitado. Foi adoptado para Potugal por Dona Mafalda, esposa do rei D. Afonso Henriques.
  2. São Gens de Lisboa terá sido um dos primeiros bispos de Lisboa que acabou mártir. Segundo a lenda, a mãe de São Gens morreu do parto e está ligada à tradição que ainda hoje prevalece em que se uma mulher grávida quiser assegurar que vai ter um bom parto se deve de sentar na ‘Cadeira de São Gens’ que está guardada na Ermida da Senhora do Monte, na freguesia da Graça em Lisboa.
  3. São Gens de Arles foi notário militar, sob as ordens dos imperadores Maximiano e Diocleciano, acabando decapitado em 303 ou 308.